QUEM, ESCREVEU O Novo Testamento?
OS AUTORES DOS EVANGELHOS?
O texto “original” do Novo
Testamento
Uma boa forma de começar é com a
pergunta básica: o que sabemos sobre os
seguidores de Jesus?
Nossa mais antiga e melhor forma
de informações sobre eles são os próprios Evangelhos, juntamente com o livro de
Atos. Os outros livros do Novo Testamento, como os textos de Paulo, só se
referem de passagem aos 12 apóstolos, e essas referências tendem a confirmar o
que podemos extrair dos próprios Evangelhos. Fora do novo testamento temos
apenas lendas produzidas muitas décadas e séculos depois – por exemplo, os
famosos Atos de João, que narram suas milagrosas empreitadas missionárias após
a ressurreição. NENHUM HISTORIADOR ACREDITA QUE ESSES ATOS SEJAM HISTÓRICAMENTE
CONFIÁVEIS.
Aprendemos nos Evangelhos bíblicos
que os discípulos de Jesus, como ele, eram camponeses de classe baixa da
Galiléia rural. A maioria deles – certamente Simão Pedro, André, Tiago e João –
eram diaristas (pescadores e assemelhados); Mateus seria coletor de impostos, mas
não é clara sua posição na organização desse trabalho: se era uma espécie de
empreiteiro que trabalhava diretamente com as autoridades governamentais para
garantir o faturamento dos impostos ou, provavelmente, o tipo de pessoa que esmurrava sua porta para obriga-lo
à pagar. Nesse último caso, nada indica que ele pudesse ter precisado de muita
educação.
O mesmo certamente pode ser dito
dos outros. Temos algumas informações sobre o que era ser camponês de classe
baixa nas regiões rurais da Palestina do século I. Significava, para começar,
que você quase certamente era analfabeto. O próprio JESUS “era” altamente
excepcional, no sentido de que é claro que “sabia ler” (Lucas 4:16-20). MAS
NADA INDICA QUE SOUBESSE ESCREVER. Na Antiguidade, essas eram habilidades
distintas, e muitas pessoas que sabiam ler eram incapazes de escrever.
QUANTOS SABIAM LER? O analfabetismo era disseminado por todo o
império romano. Na melhor fase 10% da população fosse grosseiramente
alfabetizada. E esses 10% seriam das classes abastadas – pessoas de classe alta
que tinham tempo e dinheiro para receber uma educação (e seus escravos e
empregados eram ensinados a ler para melhor servir a seus mestres). Todos os
outros trabalhavam desde a infância e não podiam sustentar o tempo e o custo de
uma educação.
NADA nos Evangelhos ou em Atos indica que os seguidores
de Jesus soubessem ler, quanto mais escrever. NA VERDADE, há um relato em Atos
– no qual Pedro e João são identificados como “iletrados” (Atos 4:13) – a antiga
palavra para analfabetos. Como judeus da Galileia, “os seguidores de Jesus”,
como o próprio Jesus, falariam aramaico. Sendo do interior, provavelmente não
teriam nenhum conhecimento de grego; se tivessem seria extremamente grosseiro,
já que eles passavam seu tempo com outros camponeses analfabetos falantes de
aramaico tentando conseguir o pão de cada dia.
Não temos os originais de nenhum
dos livros do Novo Testamento. As cópias que temos foram feitas muito depois;
na maioria dos casos, vários séculos depois.
Temos milhares dessas cópias em
grego – a língua na qual todos os livros do Novo Testamento foram escritos.
Todas elas contêm erros – falhas
acidentais por parte dos escritores que as produziram ou modificações
intencionais por aqueles interessados em mudar o texto para que significasse o
que desejavam que significasse ( ou achavam que significava).
Não sabemos quantos erros há nas
cópias que temos, mas eles parecem chegar a centenas de milhares. Pode ser
feita uma comparação da questão: há mais diferenças entre nossos manuscritos do
que palavras no Novo Testamento.
A imensa maioria desses erros é
absolutamente insignificante, nos revelando apenas que os escribas da
Antigüidade não conheciam ortografia melhor do que a maioria das pessoas hoje.
Mas alguns dos erros e variações
são importantes – muito importantes. Alguns deles alteram a interpretação de um
versículo, um capítulo ou um livro inteiro. Outros revelam o tipo de
preocupação que afetava os escribas, que algumas vezes alteravam o texto em função
de debates e polêmicas travadas ao seu redor.
A tarefa do crítico textual é ao
mesmo tempo descobrir o que o autor de um texto realmente escreveu e
compreender por que os escribas modificaram o texto (isso nos ajuda a entender
o contexto no qual os escribas estavam trabalhando).
Apesar dos estudiosos estarem se
dedicando diligentemente a essas tarefas há trezentos anos, continua haver
discordâncias acaloradas de opinião. Há
algumas passagens sobre as quais
acadêmicos sérios e muito inteligentes discordam quanto ao que o original
dizia, e há outras em que provavelmente nunca saberemos o que o texto original
informava.
EM SÍNTESE, quem eram os autores
dos Evangelhos?
Embora todos tenham se mantido
anônimos, podemos descobrir algumas coisas sobre eles nos livros que escreveram. E o que
descobrimos contradiz completamente o que sabemos sobre os discípulos de Jesus.
Os autores dos Evangelhos eram cristãos altamente educados, falantes da língua
grega, que provavelmente viviam fora da Palestina.
É bastante óbvio que eram pessoas
muito educadas de língua grega. Embora de tempos em tempos alguns estudiosos
tenham pensado que os Evangelhos pudessem ter sido escritos originalmente em
aramaico, hoje, em função de muitas razões lingüísticas técnicas, é quase unânime
a opinião de que todos eles foram escritos em grego....Na verdade, os
Evangelhos não são os livros mais refinados surgidos no império, longe disso.
Mas são narrativas escritas por autores altamente educados que sabiam como
construir uma história e atingir seus objetivos literários com elegância.
Quem quer fossem esses autores,
eram cristãos de uma geração posterior, com dotes incomuns. Os estudiosos
discutem onde viveram e trabalharam, mas sua ignorância da geografia palestina
e dos costumes judaicos sugere que criaram suas obras em outro local do império
– possivelmente em uma grande área urbana onde poderiam ter recebido uma
educação decente e onde haveria uma comunidade cristã relativamente grande.
Esses autores não eram camponeses da Galileia de classe baixa, analfabetos que
falavam aramaico.
Mas não seria possível que,
digamos João tenha escrito o Evangelho já em idade avançada?
Que quando jovem ele fosse um trabalhador braçal analfabeto que falava
aramaico – um pescador desde o momento em que atingiu a idade suficiente para
puxar uma rede -, mas que escreveu o Evangelho já idoso?
Imagino que seja “possível”. Isso significaria que depois da ressurreição
de Jesus ele teria decidido ir à escola e se alfabetizar. Ele conheceu os princípios da leitura, os
rudimentos da escrita e aprendeu grego bem o bastante para tornar-se
absolutamente fluente. Quando se tornou idoso, ele teria dominado a composição
e seria capaz de escrever um Evangelho. É provável? Parece difícil. João e os outros seguidores
de Jesus tinham outra coisa em mente após experimentar a ressurreição de Jesus.
Para começar, eles tinham de converter o mundo e comandar a Igreja.
E assim, temos uma resposta para
nossa grande questão: por que esses Evangelhos são tão diferentes uns dos outros?
ELES NÃO FORAM ESCRITOS POR APÓSTOLOS
OU COMPANHEIROS DE
JESUS OU POR COMPANHEIROS DE SEUS
COMPANHEIROS. FORAM
ESCRITOS DÉCADAS DEPOIS POR
PESSOAS QUE NÃO CONHECERAM JESUS,
viviam em um país diferente ou em
países diferentes do de Jesus e falavam em língua diferente da dele e
modificaram suas histórias em função de suas próprias compreensões de quem
Jesus era.
A forma mais natural de ler
qualquer livro, do começo ao fim. Chamamos isso de leitura “vertical”. Começa
no alto da página e vai até o pé; começa no início do livro e segue até o fim.
Não há absolutamente nada de errado em ler os Evangelhos assim, já que sem
dúvida eles foram escritos para serem lidos dessa forma.
MAS HÁ OUTRA FORMA DE LÊ-LOS: H O R I Z O N T A L M E N T E. Em uma
leitura horizontal, Você lê uma história em um dos Evangelhos, depois a mesma
história em outro
Evangelho, como se tivessem sido escritas lado a lado, em colunas. E você compara
as histórias cuidadosamente, nos seus detalhes. A LEITURA HORIZONTAL dos
Evangelhos REVELA TODO TIPO DE DIFERENÇAS E DISCREPÂNCIAS
Se Deus queria que
tivéssemos suas palavras, por que não as
preservou? Simples! Não é a palavra de Deus e nem foi inspirada por Ele, é o
que os historiadores concluíram. Mas a maioria das pessoas nas ruas e bancos
das igrejas nunca ouviu isto antes. Isso é uma vergonha, e chegou o momento de
fazer algo para resolver esse problema. A Bíblia está cheia de problemas e,
portanto, “não é possível acreditar nela”. A fé não é uma questão de
inteligência!
Inspirado por, Bart D. Ehrman, um dos maiores especialistas
em estudos bíblicos e origens do cristianismo, autor também de “Quem Jesus foi? Quem Jesus não
foi?”
Nesse livro Você irá conhecer:
Um mundo de contradições, Discrepâncias nos relatos do nascimento e da
vida de Jesus, A morte de Jesus em Marcos e Lucas, as Falsificações do Novo Testamento,
Motivações para produzir fraudes, Antigas fraudes cristãs, Quem escreveu a Bíblia e os outros livros do
NT, O debate que levou ao estabelecimento do Cânone, Algumas escrituras não
canônicas, Quando Jesus se tornou o filho de Deus, A Doutrina da Trindade...
3 comentários:
Primeiro que há evidências que foram escritos por discípulos de Jesus, se ambos tivessem a mesma coisa não era preciso 4 Evangelhos, pois era suficiente, e eles não se contradizem mas se completam-se.
Sobre um deus que não soube escrever ou inspirar um livro direito.
Deus realmente disse?
As Bíblias Diferentes dos Crentes:
https://medium.com/excommunications/did-god-really-say-31e7634f0a92
Solicite tradução .
Sugestão , leia o Livro:
DEUS COM HUMOR UMA BIOGRAFIA NÃO AUTORIZADA"
À venda na Amazon ou no Site.
DEUYS NÃO EXISTE , e os Livros ditos revelados e sagrado são a maior prova. Para tornar-se irreligioso , basta ler e reinterpretar .
Embora os cristãos de vários tipos (com diferentes crenças e listas canônicas) tenham geralmente rejeitado essas alegadas revelações de supostos seguidores de Cristo como falsas e discordantes da vontade de Deus, deve-se lembrar que os judeus rejeitaram as várias Escrituras Cristãs do Novo Testamento como falsas e não ortodoxo também. Em outras palavras, os judeus tradicionais agrupariam as Escrituras muçulmanas, mórmons, maniqueístas, Swedenborgianas e Bahá'ís na mesma categoria geral que as várias escrituras cristãs “ortodoxas”.
Em última análise, o raciocínio ou "prova" por trás do que constitui um escrito divinamente inspirado parece ser dependente de percepções individuais subjetivas sobre as intenções de Deus - e é, portanto, um esforço muito mais precário do que muitos crentes fundamentalistas ou conservadores costumam alegar. A seleção e rejeição dos livros das escrituras exige que até mesmo os crentes tradicionais respondam repetidamente negativamente à antiga pergunta da serpente no livro de Gênesis
- "Será que Deus realmente disse?" ( Gênesis 3: 1, NIV ).
A sua conclusão é tão boa quanto a minha, DEUSES NÃO EXISTEM. Religião não, espiritualidade sem dogmas e doutrinas SIM!
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