Novidade! Revelações ocultas sobre a Bíblia e o Cristianismo.

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16 de maio de 2010

Capítulo 26: Religiões Orientais e crenças milenares

Religiões Orientais e Crenças milenares

Várias das mais antigas religiões de que se tem notícia se originaram no Extremo Oriente e na Índia, onde existe uma profusão de crenças e 3 (treis) milhões de deuses e deusas. Chamou alguém à Índia “a Grécia da Ásia” e, até certo ponto, o paralelo tem razão de ser, quer pela originalidade e pujança da sua cultura, quer pela extensão que, tanto no espaço como no tempo, alcançou a sua irradiação cultural.
A respeito da Bíblia, temos a considerar que, apesar de se referir às civilizações do Norte da África como o Egito e a Etiópia, ou da Mesopotâmia como Babilônia e Pérsia. Ela ignora completamente a existência de pelo menos duas civilizações tão ou ainda mais antigas, como os Mongóis e as Chinesas, e praticamente nada fala da Índia. Brahma, Vishnu e Shiva, os três deuses supremos indianos mais importantes. Formam a trindade sagrada que, para os seguidores da religião hinduísta, a religião eterna, sustenta o Universo. Essa trindade é chamada Trimurti, duas forças antagônicas e uma harmonizadora. Na Índia houve três grandes religiões: Hinduísmo, jainismo, budismo. Elas discordam em todos os pontos exceto na filosofia do carma; elas discordam em todos os pontos possíveis. Elas discordam sobre a existência de Deus, elas discordam até sobre a existência da alma, elas discordam sobre a existência do mundo, mas elas não discordam sobre a existência da filosofia do carma. Os Hindus chamam todos os rios de deuses; chamam todas as montanhas de divindades. Eles tornaram a Terra sagrada. Eles veneram as árvores a quem demonstram mais respeito do que a uma igreja ou mesquita. Eles veneram a vida e a natureza.

Hinduísmo

Surgiu na Índia, por volta de 4 a 6 mil anos a . C., e o seu livro sagrado é o Vedas, também escrito por Deus, considerado o de maior autoridade. Não é fácil definir o hinduismo, pois não tem credo definido, hierarquia sacerdotal nem órgão governante. Mas não deixa de ter suamis (mestres) e gurus (guias espirituais). Para nós ocidentais é de difícil interpretação, você não consegue saber exatamente o que o Vedas dizem; você conhece comentadores, os interpretadores, e eles são milhares. Existe um grosso muro de comentários e é importante simplesmente colocá-los de lado. Você saberá somente sobre a verdade, e não só isso: você saberá comentários e interpretações de pessoas que nem experimentaram. O Hinduísmo é uma integração de cultos regionais. É considerada a mais antiga religião ainda existente no mundo. Pouco se conhece sobre a sua origem. É dito que o Hinduísmo deriva das crenças dos Arianos, e pode ser chamado de Bramanismo. Seus deuses podem ser contados às centenas. Para os hinduístas existe um Deus em tudo e em todos. O Deus que existe em mim saúda o Deus que existe em você. A vida é considerada uma série de vidas, e nela a posição da pessoa é determinada por seu carma, ou feitos em vidas anteriores. O Bramanismo se caracterizava pela crença na reencarnação, no naturalismo, no forte sistema de castas imutáveis e no individualismo. O Deus Brahma, o Criador que reencarnou várias vezes é pouco cultuado hoje, Vishnu e Shiva (Xiva) tornaram-se as duas principais divindades do hinduísmo atual. O Bramanismo sofreu transformação e passou a ser Hinduísmo.
Os Vedas (conhecimentos) são os textos mais antigos que influenciaram também outras religiões. Contém hinos, poesias, encantamentos e rituais. Ao contrario de outras grandes religiões, não possui apenas um único fundador e é baseada em textos religiosos desenvolvidos por vários séculos que contém insights espirituais e fornecem um guia prático para a vida religiosa. Começam com uma cosmogonia, a questão das origens: Por que existem tantas coisas? Vale a pena notar que mesmo os mais antigos Vedas exibem considerável cetismo quanto à possibilidade de haver respostas para essas questões fundamentais. “De onde surgiu esta criação – talvez tenha se formado a si mesma, talvez não, aquele que a contempla de cima, no mais alto dos céus, somente ele sabe – ou talvez não. Os Vedas mais antigos suscitam também a questão de como era o universo antes da criação. Será o próprio mundo uma ilusão? Talvez não seja ”nem mesmo nada”. No Vedas, também existem tantas coisas absurdas (lenda do Dilúvio) e se Deus escreveu tudo isso também deveria ser destronado.
Talvez o espírito hindu, que não foi inspirado por um homem ou mulher em particular, possa ser melhor compreendido no Rig-Veda, a “mais antiga escritura religiosa do mundo”. 1500 a . C., que vem da Idade do Bronze, organizado em dez livros, uma espécie de antologia poética de cunho religioso conhecidos como Mandalas. Foi escrito centenas de anos antes de Moisés. Uma combinação de poesia, hinos, mitologia e cosmogonia – as origens “pessoais” do universo. ‘de onde surgiu esta criação de todas as coisa? Talvez tenha se formado a si mesma, talvez não, aquele que a contempla de cima, no mais alto dos céus, sómente ele sabe – ou talvez não”. Suscitam também a questão de como era o universo antes da criação. Será o próprio mundo uma ilusão? Talvez não seja “nem mesmo nada”.A mais antiga passagem se refere a três deuses e seus textos de longa idade estão espetacularmente bem preservados e não corrompidos. São mais de mil hinos e endereçados a muitas divindades, a maioria ligada a elementos da natureza, como o Pai-Firmamento, a Mãe Terra e Mitra, que representava o Deus Sol. Ao Vedas também são acrescentados dois outros livros; o Brahmanas originalmente com notas para uso dos candidatos ao serviço religioso e o Upanishads ou Upanixades geralmente em formas de diálogos, abordando questões como a natureza da realidade, a origem da vida humana e o sentido da existência. O Upanishads tem como centro a convicção de que a realidade última é um todo inclusivo, um ser unitário que é infinito em essência completamente auto-suficiente. As três obras contêm todo o Dharma, as obrigações da casta, uma espécie de lei. Juntamente com o Livro dos Mortos, com o Enuma Elish, I Ching e o Avesta, I Ching, , Tao Te King, os Analectos, Guru Grant Sahib, eles estão entre os mais antigos textos religiosos existentes
É um conjunto de crenças , práticas, filosofias, algumas religiosas ou não e movimentos culturais da Índia que se originaram no vale do rio Indo. O Sámkhya (número) é uma filosofia especulativa de caráter exato, naturalista.
A Yoga (jugo), não prescinde do divino e não despreza nenhum músculo ou órgão interno, para assegurar a paz interna, na posição imóvel de lótus e outras, olhos fechados, repouso, emoção, pensamento, respiração profunda, meditação e recitação, que significa União no sentido de integração (através da meditação é a principal vertente prática da paz.). Yoga – trabalho do corpo, que tende ao repouso do espírito. Meditação que tende ao silêncio e a libertação. A finalidade é emancipar-se do mental para alcançar a consciência absoluta ou não condicionada. Depois da prática , voltam à vida. O corpo é sagrado: “Entra no templo do teu corpo”. É uma espécie de prece do corpo e do espírito, cuja finalidade última é chegar à fusão do universo.
Os hindus possuem milhões de deuses e avatares, que são adorados e compreendidos, como diferentes formas da Verdade Única e algumas vezes vistos como mais do que um mero Deus e um último terreno Divino (Brahma), relacionado mas não limitado a um princípio monoteístico como Vishnu ou Shiva. Um Deus popular em algumas localidades é Ganesa, o deus menino com cabeça de elefante. As pessoas oram a ele em especial para boa sorte, pois ele é conhecido como removedor de obstáculos.
Os principais, que formam a Trimurti (a sagrada trindade), são de acordo com a tradição hindu. O Deus Brahma, o Deus da criação, não tinha templos na Índia. Os homens eram divididos em castas conforme a constituição do próprio corpo dele: sua boca correspondia aos brâmanes, seus braços aos chefes e guerreiros, suas coxas aos mercadores e comerciantes; e no resto, a barriga, as pernas e os pés , o Deus destinou as classes inferiores. Abaixo do sistema de castas ainda havia os intocáveis a grande massa, os párias que não tinham direito de tocar num homem ou numa mulher das castas superiores, nem de tocar na comida deles e nem de cozinharem para eles ou cruzar o olhar e nem mesmo de projetar sua sombra sobre a sombra deles. Não tinham direito nenhum os brâmanes, enquanto os outros dois deuses eram adorados em toda a Índia.
Esta situação, somente veio a mudar com a luta de libertação de Ghandi. Vishnu, o Conservador, guardião do mundo. Shiva, o Destruidor, Deus das trevas e da morte, representam, respectivamente a criação, a manutenção e a destruição. Quando o mundo se encontra numa situação de adharma, ou seja, de ausência de ordem, Vishnu cumpre seu papel de mantenedor e conservador por meio de um Avatar. A desordem e a falta de religiosidade são personificados nos demônios. Cada Avatar assume uma forma animal, humana ou híbridade de acordo com as características desses demônios. A forma dos avatares de Vishnu segue o desenvolvimento da vida e da cultura na Terra, o futuro de alguém é determinado por seus pensamentos, palavras e ações, significando que tudo o que o homem fizer, pensar e crer irá a julgamento. Assim, assumem características conforme a evolução da natureza e descem à terra e se encarnam num peixe, tartaruga ou outros avatares animais, depois as formas humanas, como Buda, Krishna, Jesus.

Recitação e Mantras originaram-se no Hinduismo e são técnicas fundamentais praticadas até os dias de hoje. Muito da chamada Mantra Yoga, é realizada através de japa (repetições), através de sons e recitação melódica. Auxiliam na obtenção de concentração durante a meditação. As últimas palavras de Mahatma Gandhi enquanto morria foi um mantra ao Senhor Rama; “Hey Ram!”. O mais representativo de todos os mantras é o famoso Gayatri Mantra, que traduzido:

”Om! Terra, Universo, Galáxias (invocação aos três mundos).
Que nós alcancemos a excelente glória de Savir, o Deus.
Que ele estimule os nossos pensamentos/meditações.”

Os Hindus abstém-se de comer carne, e alguns até vão tão longe quanto evitar produtos de pele, isto acontece porque ao longo dos séculos, dependiam da vaca para todo o tipo de produtos lácteos, aragem dos campos e combustível para fertilizante. O seu estatuto de “cuidadora” espontânea da humanidade cresceu ao ponto de ser identificada como uma figura quase maternal. A maioria não adora a vaca, mas ela ocupa um lugar de sagrado na sociedade hindu.Vacas não dão carne, para eles dão sorte. Existem muitas crenças fatalistas de que as estrelas acima de nós determinam o seu destino.
A cidade de Varanasi, também conhecida como Benares, no nordeste da Índia, a cidade mais sagrada, fica nas margens do rio sagrado dos hindus, o Ganges. Lá existem milhares de templos, e a devoção é impressionante, o número de peregrinos também é numeroso. Eles vem de todo o país , para lavar o pecado e a miséria, aliviando o carma e se santificar. Devotos hindus lavam seus pecados desta e de outras vidas. Pessoas idosas e doentes de toda a Índia viajam até a cidade para lá morrer.
Diz a lenda que Shiva, o Deus criador e destruidor de tudo que existe no Universo. Ali, a morte, sussurra aos ouvidos dos que morrem em Benares uma frase que os liberta do renascimento, tornando-os parte do universo. É por isso que todo devoto deve ir a Benares pelo menos uma vez na vida, nem que seja para morrer, ser cremado e ter suas cinzas jogadas nas águas milagrosas, para encontrar a salvação. O poder da fé é impressionante. Nas águas algumas pessoas lavam pratos ou roupas ao lado de outras que tomam banho e escovam os dentes. Os indianos bebem a água do rio, tudo para purificar os pecados. A poucos metros de distância, um grupo joga cinzas da cremação no rio, pertinho um corpo inchado de uma vaca, ou um corpo, sendo levado pela correnteza, tendo em cima alguns abutres famintos. Um país de contrastes e religiões.
No hinduísmo, Ganesha é uma das mais conhecidas e veneradas representações de Deus. Considerado o mestre do intelecto e da sabedoria, é representado como uma divindade amarela ou vermelha, com uma grande barriga, quatro braços e a cabeça de elefante com uma única presa, montado em um rato. Habitualmente é representado sentado, com uma perna levantada e curvada por cima da outra. Ganesha é o símbolo das soluções lógicas.
Na Índia, onde 80% dos indianos são hinduístas, podemos encontrar um templo hinduísta, com 200 mil ratos, que os devotos de toda o país visitam para receber as bênçãos. Lá o rato tem alma e seriam eles - os ratos - a reencarnação dos seus ancestrais. Caso o visitante veja um rato albino, terá “sorte” para toda a vida. Índia um país com uma grande variedade geográfica. Macacos são reverenciados como deuses. Um bilhão e cem milhões de habitantes, onde a maioria não acredita em casamento por amor e os casamentos são arranjados. País onde a classe média fala fluentemente o inglês. Os indianos passam a vida inteira consultando os astros (horóscopo). É o maior consumidor de ouro do mundo. E, 300 milhões de habitantes vivem com apenas dois reais por dia!

A crença em vários deuses. E por que não, afinal de contas? A dificuldade começa na hora de fazer uma lista deles (finita? infinita?) e de acreditar neles. Um só Deus já é complicado. Mas vários? Como distingui-los? Como reconhecê-los? Por que acreditar neles? Mas as religiões tem solução para tudo. No nosso país, temos um anjo para cada dia, um santo para cada dia da semana... não me surpreenderia que já tenha um para os moradores do bairro e outro só para os banqueiros, para nós ajudarem a esvaziar os bolsos!

O homem é mesmo imperfeito. Se Deus nos criou à sua imagem e semelhança e ao mesmo tempo não somos nada parecidos com ele. Como poderíamos acreditar nele? E Deus não criou e não pode ter criado um ser humano tão imperfeito, ignorante e tolo. Deus é mesmo egoísta, pois guardou a perfeição só para ele.


Enquanto escrevo estas palavras, coloco como fundo musical, o cd Feng Shui (vento e água). É o costume chinês, música para harmonizar o ambiente da casa, de modo a nos colocar em maior harmonia com tudo que nos cerca para animar a Energia Vital.

Jainismo

Surgiu na Índia no século 6 a . C., e seu livro sagrado é o Ágamas. É a crença dos seguidores dos jinas ou tirthankaras, na qual eles crêem que mestres (o mais famoso deles é Mahavira) conduzem as almas para a liberdade espiritual e renascimento. Uma das leis do Jainismo é a Ahimsa, o comprometimento com a não-violência; e Santiagraha (resistência pela verdade, em hindi) prática que se tornou conhecida em todo o mundo por ter sido adotada pelo líder indiano pacifista Mahatma Gandhi. Mahavira, o patriarca jainista, superou a moralidade dos Dez Mandamentos da Bíblia em apenas uma única frase:

“Não ferir, abusar, oprimir, escravizar, insultar, atormentar, torturar ou matar nenhuma criatura ou ser vivo”.

Todos são avatares em potencial, contando que descubramos o divino dentro de nós, a presença superior que está em nosso corpo. Para alguns hindus, Jesus, Ghandi, os Lamas, teriam sido avatares.

Mahatma Gandhi, continuo e transmitir seus ensinamentos de manifestação não-violenta até seus últimos anos de vida. A filosofia de Gandhi e suas idéias sobre o satya e o ahysma foram influenciados por Bgagavad Gita e por crenças hindus e da religião jainista. O conceito de “não-violência” (ahimsa) permaneceu por muito tempo no pensamento religioso da Índia e pode ser encontrado em diversas passagens dos textos hindus e jainistas. Ghandi explica sua filosofia como um modo de vida em sua autobiografia. A História de meus Experimentos com a Verdade (The Story of my Experiments with Truth).
Estritamente vegetariano, escreveu livros sobre o vegetarianismo enquanto estudava direito em Londres. Ser vegetariano fazia parte das tradições hindus e jainistas. Experimentou diversos tipos de alimentação e concluiu que uma dieta deve ser suficiente apenas para satisfazer as necessidades do corpo humano. Jejuava muito, e usava o jejum freqüentemente como estratégia política. Gandhi renunciou ao sexo quando tinha 36 anos de idade e ainda era casado, uma decisão que foi profundamente influenciada pela crença hindu a pureza espiritual e prática, largamente associada ao celibato. Também um dia da semana em silêncio. Abster-se de falar, segundo acreditava, lhe trazia paz interior. A mudez tinha origens nas crenças e nesses dias se comunicava com os outros apenas escrevendo.
Ghandi deixou bem claro de onde vinha a sua forma de proceder:
”Aprendi a lição da não-violência com a minha mulher, quando tentei curva-la à minha vontade. A sua resistência determinada à minha vontade, de um lado, e a sua quieta submissão ao sofrimento que a minha estupidez lhe causava, de outro, acabaram me deixando envergonhado de mim mesmo e me curaram da minha estupidez de pensar que eu nascera para dominá-la”
O título de Mahatma de Ghandi representa um reconhecimento de seu papel como líder espiritual. Depois de retornar à Índia de sua bem-sucedida carreira de advogado na África do Sul, ele deixou de usar roupas que representavam riqueza e sucesso. Passou a usar um tipo de roupa que costumava ser usada pelos mais pobres entre os indianos. Promovia o uso de roupas feitas em casas (khadi). Gandhi e seus seguidores fabricavam artesanalmente os tecidos da própria roupa e usavam tecidos em suas vestes; também incentivava os outros a fazer isso, o que representava uma ameaça ao negócio britânico – apesar dos indianos estarem desempregados, em grande parte pela decadência da indústria têxtil, eles eram forçados a comprar roupas feitas em indústrias inglesas. Se os indianos fizessem suas próprias roupas, isso arruinaria a indústria têxtil britânica, ao invés de fortalece-la.
O tear manual, símbolo desse ato de afirmação, viria a ser incorporado à bandeira indiana. Também era contra o sistema convencional de educação em escolas, preferindo acreditar que as crianças aprenderiam mais com seus pais e com a sociedade em busca da verdade. Na África do Sul, Gandhi e outros homens mais velhos formaram um grupo de professores que lecionavam diretamente e livremente às crianças.
Dentro do ideal de paz e não-violência que ele defendia, uma de suas frases foi:

“Não existe um caminho para paz! A paz é o caminho!”.

Uma das citações é:
“Nós devemos ser a revolução que queremos ver no mundo.”

Gandhi passou mais de seis anos de sua vida como prisioneiro., milhares de indianos foram perseguidos, presos e escravizados. Enquanto a Índia ainda estava sofrendo com o domínio britânico, ele sugere que a Índia poderia ganhar a sua independência por meios não violentos e por via da ego-confiança. Ele rejeita a força bruta e sua opressão e declara que a força da alma ou do amor e que se mantém a unidade das pessoas em paz e harmonia.
Em suas falas ele exibia através dos dedos da mão seu programa de cinco pontos:
. igualdade;
. nenhum uso de álcool ou droga;
. unidade hindu-muçulmano;
. amizade
. e igualdade para as mulheres.
Esses cinco pontos, os cinco dedos representando o sistema, estavam conectados ao pulso, simbolizando a não-violência.

Em 1930 aconteceu durante 24 dias a “A Marcha do Sal”, como forma de protesto não violento. Em 1948 acalmou os conflitos entre hindus e muçulmanos, permitindo a divisão da Índia em dois países, Paquistão e Índia o que ele lamentou muito. Em 1947 a Índia torna-se independente. Em 1948 foi assassinado, foi cremado e suas cinzas foram jogadas no rio Ganges. Em 1966 Indira Ghandi torna-se primeira-ministra.
Um dia os ingleses colonizaram a Índia. Sua independência foi sangrenta. Agora uma companhia indiana a Tata Motors montadora de automóveis comprou por USD 2,3 bilhões, as jóias da coroa inglesa (ex-Ford). Ou seja, a marca de automóveis Jaguar e Land Rover. Uma vingança aguardada há séculos. Nada como um dia após o outro!

Seicho-No-Iê

Sua fundação por Masaharu Taniguchi, foi em 1930 no Japão, foi
um dos mais influentes e conhecidos líderes espirituais do Japão.
Atualmente, o professor Seicho Taniguchi, é o maior responsável pela Seicho-No-Iê em sua função de Supremo Presidente.
A Seicho-No-Iê, significa lar do progredir infinito,casa da longa vida ou da plenitude, onde se conjuga.
Os seus principais pensamentos:
A matéria não existe, sendo apenas reflexo da mente humana que enganar-nos e iludir-nos, escondendo a única realidade existentes: a do espírito;
O pecado, não existe, tornando o Homem bom e perfeito como é a realidade espiritual. A ilusão que a matéria, o mal e o pecado causam é eliminado pelo exercício constante de um artifício: o agradecimento. É como se abrisse um canal com a realidade espiritual. Agradecendo, elogiando e perdoando sempre a tudo e todos, a ilusão provocada pela mente é afastada.

Pode ser considerada uma filosofia de vida e também uma religião, não há rigidez de conceito neste sentido. Ela tem por objetivo despertar no coração das pessoas a verdade de que todos são filhos de Deus e fazer com que, através de atos, palavras e pensamentos, tornemos este mundo um mundo melhor. Existem pessoas que, mesmo sendo adeptas de uma religião e freqüentando assiduamente suas atividades, sentem-se confortáveis ao entrar em contato com os ensinamentos da Seicho-No-Iê, que por sua vez recebe, com amor e carinho, todas as pessoas, sem nenhuma restrição.
É um ensinamento de amor que prega que o ser humano é filho de Deus, que o mundo da matéria é projeção da mente e, também, nos revela qual é a nossa verdadeira natureza. É uma filosofia que transcende o sectarismo religioso, não tem tanto uma ligação com o divino, pois acredita que todas as religiões são luzes de salvação que emanam de um único Deus.
A felicidade é encontrada por quem pratica os seus ensinamentos. Aprendendo a reconhecer a verdadeira natureza de filho de Deus e, em conseqüência disso, começam então a ocorrer fatos milagrosos como a cura de doenças, reconciliação de lares em desarmonia, exteriorização de grandes talentos, êxito profissional, solução de problemas econômicos e amorosos, etc.


Sikhismo

Surgiu na Índia, no século 15 e seu livro sagrado é o Guru Granth Sahib consideradoo décimo–primeiro e o seu último Guru. É uma religião fundada por Guru Nannak, numa época em que havia forte tensão entre hindus e muçulmanos no norte da Índia. A doutrina mistura características do Hinduísmo e do Islamismo. No mundo tem 23 milhões de siks aderentes, a quinta maior religião mundial e 19 milhões vivem na Índia.
Sik significa “discípulo forte e tenaz”. Acreditam em um único Deus chamado Sat Guru ou “Verdadeiro “Mestre”, Deus eterno e sem forma, sendo impossível captá-lo em toda a sua essência criador do mundo e dos seres humanos. Crêem também que o caminho para aproximar-se d’Ele é a devoção, o amor e a meditação, através dos ensinamentos dos Dez Gurus do Sikhismo. Acreditam no karma e nas ações positivas para alcançar uma vida melhor. O Sikhismo coloca ênfase em três deveres, descritos como os Três Pilares:
Manter Deus presente na mente em todos os momentos;
Alcançar o sustento através da prática de trabalho honesto;
Partilhar os frutos do trabalho com aqueles que necessitam.
Os Siks devem tentar vencer os cinco vícios que separam os seres humanos de Deus. Esses vícios , referidos como os “cinco ladrões” são: A luxúria, a ganância, o apego às coisas deste mundo, a raiva, e a soberba.

O principal templo de peregrinação é o Templo de Ouro, na cidade santa de Anritsar. Uma intervenção de tropas indianas ordenadas por Indira Ghandhi, no início dos 80 levou à revoltas dos Siks e ao assassinato da primeira-ministra indiana em 1984.
Os Siks tem um partido político, como propósito de assegurarem seus interesses, este partido opõe-se à partilha do Punjabe entre a Índia e o Paquistão. Em 2004, um primeiro - não hindu - conquistou o posto de Primeiro Ministro da Índia A maior parte dos Siks, que viviam no território paquistanês, migraram para a Índia, como forma de evitar a perseguição religiosa.
Os homens seguram o cabelo com um turbante, enquanto que as mulheres utilizam um lenço. Aqueles que cortarem o cabelo ou a barba são chamados pelos ortodoxos patit, isto é, “decaídos” ou “renegados”. São cinco os símbolos de uso obrigatório: cabelo e barba não cortado, pente, pulseira de aço, calções curtos e punhal. O ritual funerário é a cremação.

Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna

O Movimento Hare Krishna (ISKCON) - surgiu em 1966 nos Estados Unidos e o seu livro sagrado é o, Bhagavad–Gita. É uma religião hindu que cultua Krishna, a Suprema Personalidade de Deus que se manifesta ao longo do tempo por meio de Avatares, que são suas encarnações. A divindade suprema Deus Krishna manifestou-se na Terra sob diversas formas, entre elas Matsya, o peixe, e Ganesh, o elefante. É baseada nos ensinamentos de Sri Caitanya Mahaprabhu, (Prabhupãda) mestre indiano que viveu no século 15, e segundo a obra Harpas Eternas. Krishna foi a sexta reencarnação de Jesus em nosso planeta, antes de Moisés e Jesus. O recém nascido Krishna recebeu ouro, incenso e mirra.
A palavra Krishna, significa “negro” ou “escuro”. Às vezes se traduz como “O Senhor Escuro” ou “pele escura” que pode também significar “Todo atrativo”. Ele é conhecido por vários outros nomes e títulos e a tradição Gaudiya tem uma lista com 108 nomes, como: Adidev, o Senhor dos senhores; Jajgadisha, o professor de todos; Manohar, senhor da beleza.
Krishna era um Deus capaz de se multiplicar infinitamente. Na infância era um peralta encantador que foi virando a cabeça de sua babá, depois de dezesseis mil esposas pastoras de quem era amante. Nenhuma das pastoras ficou frustrada, porque o Deus acariciava a todas elas sob 16 mil formas divididas. Essas esposas foram roubadas, pegas forçosamente. Elas eram mães, eram esposas, a maioria delas era casada, se uma mulher fosse bela, isso era suficiente para Krishna, levá-la ao campo de concentração de suas esposas, quase uma cidade. Agora, como impedir esses quinze mil novecentos e noventa e nove homens, se reunissem para pegar suas esposas de volta. O sacerdote tinha que inventar maneiras, porque o sacerdote é protegido por Krishna, que tinha o poder temporal, em suas mãos o exército, a corte, a lei – ele protegia o sacerdote. O poder temporal protege o sacerdote, o sacerdote protege o poder temporal. O sacerdote diz: “Krishna não é um homem comum, ele é a encarnação perfeita de Deus e você deveria estar feliz por ele ter escolhido sua esposa para sua consorte. Você deveria alegrar-se, você é afortunado e abençoado. Você terá grandes alegrias no paraíso. Portanto, não tenha ressentimento, não fique zangado, não pense em termos de revolta. Em vez disso aceite, aceite de uma forma leve, feliz, alegre, na verdade com gratidão, por ele ter escolhido a sua esposa, e não a de outro”.
Que sociedade é esta? Se você aceitar isso com boa vontade, você se beneficiará com imensos prazeres, muitas mulheres lindas, mil alegrias no céu. Se você se revoltar, fizer algo violento ou matar um Krishna, que é a encarnação de Deus, então é pena de morte, não apenas em uma vida , mas sofrerá nas próximas sete vidas, você será assassinado freqüentemente; só então a punição acabará. A decisão eles podiam escolher, qualquer das duas coisas contra o poder dominante.

Posteriormente após a sua louca adolescência, Krishna se tornou o mais esperto de todos os deuses e o melhor conselheiro dos homens a quem ensinava a coragem, o senso do sacrifício e o senso do dever. E quando os homens resistiam a ele, se recusassem combate, se disfarçava então em toda a sua verdade: como o príncipe Ram. Krishna era Vishnu, as estrelas e o mar, o começo e o fim, os passarinhos, os polvos, o rio e suas margens, o universo em sua diversidade, então, deslumbrados, os homens cumpriam com seus deveres e chegavam a ponto de se matar uns aos outros sem discutir, para respeitar a ordem do mundo, esquecendo-se de seus estados de alma. O sermão do Deus Krishna (Críxena) ao homem reticente se chamava Bhagavad-Gita, e era esse texto sagrado que todos os hindus recitavam ao nascer do sol. Nada era mais importante do que a prece da alvorada, depois iam trabalhar, fizeram isso durante três mil anos. Todos os dias que Deus faz, para trazer o Sol à Terra, como no antigo Egito.

Os integrantes do Movimento da Consciência Krishna, aprendem e seguem sua filosofia e práticas espirituais. Além de acreditarem na reencarnação e na Lei do Carma, enfatizam a necessidade de libertarem-se do corpo e da matéria para que a parcela divina eterna possa sobrepor-se a tudo. Para essa libertação, seguem um voto de cantar diariamente o mantra 16 vezes ao dia Hare Krishna, usando o rosário de 108 contas e também abster-se do consumo de carne para poder aprender a misericórdia, não se intoxicar, sexo só no casamento e para a procriação para poder aprender a pureza e nada de jogos de azar. Os fiéis desse movimento vivem comunitariamente uma vida extremamente simples e sustentam-se com a venda de incenso e livros religiosos, sendo facilmente reconhecidos pela sua vestimenta alaranjada. Tudo para levar uma vida pura, feliz, para atingir a espiritualidade progressivamente.


Taoísmo

China um país para os ocidentais onde tudo é estranho. A começar pelo seus idioma muito difícil de ler, escrever e falar, até para professores da língua chinesa no Brasil. País onde a gastronomia é uma atração extra. Eles comem tudo o que tem pé, menos mesa; tudo o que nada, menos submarino; e tudo que voa, menos avião. Embora seja também terra da boa cerveja, pois os mestres cervejeiros alemães a introduziram. E também do chá verde. São calmos até demais, não são estressados, recusam gorjetas e são supersticiosos Nas paradas de ônibus esperam o ônibus de cócoras, nas paradas aguardando o embarque.A policia não tem armas, aliás ninguém carrega armas e o crime praticamente não existe entre os civis. É o país que mais executa prisioneiros no mundo. Das 20 cidades mais poluídas do mundo, 16 são chinesas. Nos intervalos das novelas com seus dramalhões assistem o noticiário em um dos sessenta canais de televisão controlados pelo Estado. No país mais populoso do mundo com 1,3 bilhão de habitantes, ou seja há mais gente na China do que em todo continente sul-americano, o governo restringiu o número de filhos, e cada casal só pode ter uma criança. Quem tiver mais de um filho paga multa. O aborto é legal. A China é um dos países mais avançado em pesquisas com células-tronco, além que quase nenhuma chinesa toma anticoncepcional. E 77% dos chineses não sabem que a Aids pode ser evitada com o uso de camisinha.

Pergunta feita pelos chineses quando os primeiros missionários cristãos apareceram:

“Se Deus se revelou, por que ele deixou tantos séculos se passarem de informar os chineses, a maior da civilização do mundo ?”

Os chineses têm muito orgulho de sua história e de Lao-Tsé (Lao Tzu) e Confúcio. Os traços mais remotos de sua civilização datam de dois mil anos antes de Cristo. Nesta data, a partir de antigas tradições orais. Começaram a desenvolver a sua escrita por meio de imagens. A sua religião que começou cinco séculos antes de Cristo. Sua tradição é baseada no livro sagrado Tratado do Caminho da Virtude de Tao Te Ching (King). Atribuído ao filósofo Lao-Tsé, que viveu há 3,2 anos, em 5 mil ideogramas revolucionou a história da filosofia. Para os taoístas, tudo emana de uma única fonte: o Tao, palavra que significa “caminho”. Para ser feliz , o ser humano deve aprender a seguir o Tao, isto é, o fluxo da energia divina que envolve a todos nós e a tudo que há no Universo.
No plano filosófico, Tao, pode ser interpretado como o Vazio ou o Absoluto. Para os taoístas, no mundo visível tudo é composto pelos elementos opostos Ying e Yang. Tendo yang atingido o seu clímax, retira-se em favor do ying, tendo o ying atingido seu clímax, retira-se em favor de yang. Na concepção chinesa, todas as manifestações do Tao são geradas pela interação dinâmica desses dois pólos, nada é apenas ying (contrátil, receptivo e conservador) ou yang (expansivo, agressivo e exigente). A ordem natural da vida é o equilíbrio entre o bem e o mal. Quando masculino e feminino estão equilibrados, há harmonia no mundo. Quando se desequilibram estabelece-se o caos. A libertação plena da alma está no retorno do homem ao Absoluto.

“Quem conhece a sua ignorância revela a mais profunda sapiência.
Quem ignora a sua ignorância vive na mais profunda ilusão.”

Lao-Tsé nasceu mais ou menos 600 anos de Cristo, exatamente 50 anos antes de Confúcio junto com Buda eram os “três supremos mestres” do Extremo Oriente. Viveram todos no mesmo século. Lao-Tsé foi o precursor de Confúcio, exatamente como João Batista foi o precursor de Cristo. Procurou ensinar aos homens a amarem a justiça, a serem moderados, a abolirem a pena de morte, a desprezarem a guerra, transformando este mundo numa moradia mais feliz. Eram belíssimos ideais, porém muito abstratos para um povo primitivo. Ele era um místico e poucas pessoas o compreendiam na época. Era de uma série de regras de conduta simples e definidas que a China daquela época de caos precisava.
Suas palavras sinalizavam onde o homem deve empregar suas energias e esforços para o auto-conhecimento. Quem conhecer a si mesmo saberá quais são seus limites, capacidades e prioridades e se tornará invencível. A verdade, nos segreda o sábio chinês, é que podemos ser felizes. Isso sempre depende de fatores externos. Ser sempre é mais importante do que ter. As grandes mudanças começam com pequenos gestos. Tudo o que é excessivo acaba logo e vivemos em uma sociedade onde somos estimulados ao excesso e ao apego a objetos e pessoas. A falta de compreensão de que tudo é passageiro, impermanente pode ser a fonte de muita frustração. A sabedoria está em escolher o que é melhor para nossa saúde e dar prioridade ao que alimenta nossa essência, mesmo que seja necessário abrir mão de excessos. Vale sempre questionar como elegemos nossas prioridades e aceitar tudo que passa. Lao Tsé nos lembra: aja no momento certo, economize a energia vital e preste atenção em suas prioridades. É importante estar atento ao que acontece ao nosso redor, identificando a direção da energia, percebendo se é o momento de agir ou de se retrair. Seguir o Tao é saber aceitar esse movimento, mesmo que não coincida com nossos desejos imediatos. As palavras de Lao Tzu são um convite para agir com humildade e simplicidade diante dessa força organizadora maior. Alguns ensinamentos e frases chaves para harmonizar a vida e nossas relações:

“Quem conhece a si mesmo é iluminado.
Quem conhece os outros é inteligente.
Quem vence a si mesmo é invencível.
Quem vence os outros é forte.
Quem sabe estar satisfeito é rico.
Uma viagem de mil léguas começa com um passo.
Uma tempestade não dura o dia inteiro.”


Para identificar o fluxo do Tao, o corpo também deve ser constantemente reequilibrado. Medicina chinesa, acupuntura, artes marciais, alimentação equilibrada, todas essas práticas tiveram origem no Tao, para que o homem tenha saúde e condições de identificar esse fluir do Universo.

Por isso fizeram de Lao-Tsé um Deus, mas também começaram a pedir que ele os libertasse no futuro, porém muitos inclinaram-se para Confúcio, em busca de uma orientação mais imediata.



Confucionismo

Confúcio ou Kung-fu-tse significa “o sábio Sr. Kung”, baseado no livro Analectos. É um conjunto de idéias, pensamentos, regras e rituais desenvolvidos pelo filósofo. Seus ensinamentos e doutrinas prevaleceram na China até 1911, ano da queda do imperador , considerado o filho do Céu e da Terra. Para ele, o homem devia buscar sempre a piedade filial, o respeito e a reverência e viver em harmonia. Era um menino precoce, com 15 anos seus mestres lhe disseram que já não tinham mais nada a lhe ensinar. Gostava muito de ginástica e mais ainda de poesia e de música. Perdeu também a mãe quando tinha 24 anos. Casou com 19 anos e seu casamento foi um fracasso. Por insistência dos amigos tornou-se um professor errante e junto com seus discípulos viajava em carro de bois de cidade em cidade. Pelas províncias disseminava suas idéias e lançava as suas sementes por todas as regiões, procurando ensinar a vida nobre de homens superiores para uma nova nação de super-homens. Era um filósofo que oferecia também seus serviços aos príncipes, à procura de um reino.
Quando já tinha milhares de seguidores pôs-se a compilar, editar e rever os clássicos antigos, para a orientação diária de seu povo. Criou um Novo Testamento baseado na antiga Bíblia Chinesa. Era porém uma Bíblia sem Deus, pois Confúcio como Buda era ateu. Não acreditava, nem no céu nem no inferno, mas acreditava em seus semelhantes e sustentava que, se a humanidade tivesse um governo justo durante um século, toda a violência desapareceria da Terra. De acordo com o seu pensamento, redigiu um código de regras definidas, para o governo de seu povo, e uma série de ritos de cerimônias para sua auto-disciplina. Solicitado a definir todo o seu código de ética numa só palavra, respondeu: Reciprocidade. Que quer dizer, apenas, (usado quinhentos anos depois pelos cristãos):

“O que não gostais que vos façam, não o fazei a outrem”.

Confúcio (551-479 a . C), revolucionário, não se interessava por animais, nem por anjos, mas sim pelos homens. Morreu com a idade de setenta e dois anos, pobre, derrotado e desiludido. Sua vida fora um fracasso. Seus poucos seguidores foram perseguidos e um imperador mandou queimar seus livros. Certos sábios zelosos esconderam alguns de seus exemplares que possuíam e descobertos foram queimados vivos por desobediência ao rei. Ambos, Confúcio e Lao-Tse, definiram a filosofia chinesa, tentaram criar uma raça de homens de bem, mas até hoje não conseguiram fazer-se ouvir. Hoje, os livros de Confúcio na China, são tão populares como o é a Bíblia no Ocidente.
Combatida durante a Revolução Cultural (1966-1976) e durante todo o século XX como símbolo do atraso chinês em relação ao restante do mundo, a escola de pensamento fundada por Confúcio há 2,5 mil anos vive um boom na China de hoje. Com a ideologia comunista enterrada pelas reformas capitalistas, a antiga escola de pensamento chinesa sobreviveu e é vista como a mais confiável pelos poderosos para preencher o vácuo espiritual do país do que as diferentes formas de religião e o nacionalismo exacerbado praticado por alguns grupos de jovens. O Confucionismo é a filosofia que moldou a identidade chinesa e desenvolveu os princípios sobre os quais a organização social do país se baseou durante mais de dois milênios: hierarquia, respeito à tradição, obediência, valorização da educação, respeito filial, veneração dos ancestrais e a noção de que cada um ocupa um lugar determinado na sociedade e com isso, contribui para o relacionamento harmônico entre todos.
Depois de cinco décadas exaltando a luta de classes marxista, o Partido Comunista abriu espaço em seu discurso nesta década para a mais venerada tradição filosófica chinesa, o confucionismo, principal inspiração da “sociedade harmônica”, defendida pelo atual presidente Hu Jintao. As idéias do antigo filósofo se tornaram linguagem de auto-ajuda e transformam as máximas em conselhos para a vida moderna. Uma leitura interessante é o livro é “Reflexões da Professora Yu Dan sobre Confúcio”. Até um treinador de futebol brasileiro, o técnico gaúcho Felipe Scolari, o Felipão, buscou inspiração na filosofia oriental, para sua campanha vitoriosa na Copa do Mundo de 2002, no livro “A Arte da Guerra”, de Sun Tzu, um militar, filósofo e estrategista chinês. Confúcio é considerado o maior homem de idéias do mundo.

Xintoísmo

O Xintoísmo surgiu no Japão. É um conjunto de crenças ancestrais japonesas que, diferentemente de outras religiões, não tem fundador, nem código moral. De origem chinesa, o termo xinto significa “caminho do meio”, primitivamente “caminho dos deuses”. A tradição religiosa se formou no período anterior ao Budismo, a partir de então se modificou. O Xintoísmo reconhece um poder sagrado cuja natureza não pode ser explicada em palavras, o kami e que se acha difundido na natureza sob a forma do Sol, da Lua, da tempestade e muitas outras. Afirma que, no princípio um casal divino, Izanagui e Izanami, desceu do céu e gerou as ilhas japonesas e uma série de deuses, os Kamis.
O mais importante deles é Amaretsu, a deusa do Sol. Os espíritos dos antepassados também são considerados deuses tutelares da família ou do país, motivo pelo qual os ritos fúnebres possuem grande relevância. Acredita-se que a linhagem imperial japonesa seja descendente dela. O seu sistema ético inclui os seguintes preceitos: lealdade ao imperador, gratidão, coragem diante da morte, o serviço aos outros está acima dos interesses próprios, a verdade , a polidez até mesmo com os inimigos, controle de manifestações de sentimentos e a honra, que significa o ato de preferir a morte do que a desgraça, base do hara-kiri.. É um conjunto de crenças e práticas expressas em manifestações sociais e atitudes individuais, que preservou seu espírito embora não tenha fundador, escrituras sagradas oficiais ou dogmas.
As narrativas míticas da tradição foram registradas por escrito no Kojiki e no Nihogj as mais antigas fontes literárias. Os mitos referem-se a um caos primordial em que os elementos se mesclam em massa amorfa e indistinta, “como num ovo”. Os deuses surgiram desse caos, segundo reza a tradição. O Xintoísmo iniciou-se com cinco divindades, a seqüência prossegue com as “sete gerações divinas”, dois deuses e mais cinco pares divinos. O surgimento de muitos deuses e mesmo de seu caráter mágico pode ser atribuído ao fato de o Japão, viver em virtual isolamento, não se relacionando com outros povos até o século 19. Recebeu as influências budistas e confucionistas. O Xintoísmo entra no cotidiano com pequenos santuários familiares e oferendas a antepassados. Os japoneses se sentem à vontade para orar em prol dos mais temporais assuntos, até mesmo pelo êxito em exames escolares.

Xivaísmo

Segundo o pesquisador francês Alain Danielou, que identificou no Jesus mítico importante traços de uma das religiões mais antigas do planeta, o Xivaísmo indiano, cujos vestígios remontam à pré-história.
No Xivaísmo, os crentes vêem em Xiva a manifestação do Ser Supremo. Para eles Xiva está em todo ser. O Xivaísmo que aparece na Índia desde a mais remota Antigüidade, representa uma das vias principais da espiritualidade hindu. Entre as seitas que se prendem ao culto de Xiva, podemos citar: Os Kapalikas, Paçupatas, Virachaívas, Xaktismo, Xaktas, Tantrismo e o Xivaísmo da Cachemira, Pancharatas.

Conforme Daniélou, a devoção ao Menino Jesus reedita o culto de Murugan, o filho de Xiva (o Deus Supremo) ou o próprio Xiva representado como o Eterno Adolescente. Do mesmo modo, a imagem de Jesus como Bom Pastor seria uma reedição da figura de Pashupati, o Senhor dos Animais, outra forma assumida por Xiva – Deus.
Na construção do mito histórico de Jesus, que prosseguiu muitos séculos após a redação dos evangelhos, não entraram apenas elementos da tradição judaica, mas também do mundo pagão. Os estudiosos apontam claros paralelos entre a imagem mitológica de Jesus e divindades como Mitra, Apolo e Dionísio. (In Quest of the Hero, de Alan Dundes, Princenton University Press).

Vichnuísmo

Segmento religioso é um dos agrupamentos mais importantes da Índia. Seu objetivo: a união de todos os seres No Ser Supremo, desejo máximo da religião hindu. Existem diversas seitas: Pancharatas, Bhagavats, Ramanuja, Nimbarkas, Madhvas, Ramavatas, Valabhas, Sri Chaitanya, Kabir-Panthis, Siks, Dadu-Panthis.


“Afirma-se – não sei com quanta veracidade - que um certo pensador hindu acreditava que a Terra estava apoiada em um elefante. Quando lhe perguntaram no que o elefante se sustentava, respondeu que se sustentava numa tartaruga. Quando lhe perguntaram sobre o que a tartaruga se sustentava, ele disse: Estou cansado disso. Vamos mudar de assunto. Isso ilustra o caráter insatisfatório do argumento da Causa Primeira.”

Bertrand Russel


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