Ensinamentos incompatíveis com as Leis da Natureza – na Bíblia
Outras razões que levam os Humanistas a rejeitar a Bíblia é a de que ela contém numerosas afirmativas que são incompatíveis com as leis da natureza.
Desastres naturais como terremotos, tempestades, trovões, tufões, tsunamis, seriam causados pela ira de Deus (Isaías 29:6; Jr 10:10). Os Humanistas acreditam que a propagação dessas falsas afirmativas causaram muito mal e dano a toda humanidade. Como resultado da observação e experiência humana, um princípio fundamental da ciência é o de que as leis da natureza não se modificam nem podem ser violadas e que sempre assim se mantêm durante todo tempo.
De acordo com o Paleontologista Stephen J. Gould, esta uniformidade ou constância das leis naturais, é a "suposição metodológica" que faz com que a ciência seja viável. O que Gould quer dizer de fato é que sem essa suposição não haveria benefício em se estudar o mundo, fazer experimentos ou se aprender com a experiência. Tais atividades não teriam sentido em um mundo que não agisse de acordo com as leis naturais. Em tal mundo, o conhecimento de situações passadas não proporcionaria indicativo seguro sobre o que poderia acontecer em situações semelhantes no futuro. Haveria sempre a possibilidade de ocorrência de forças arbitrárias sobrenaturais interferindo nos eventos para alterar o fluxo natural previsto pela experiência anterior.
Em nosso mundo, a evidencia é clara de que os fatos ocorrem de acordo com leis naturais que são imutáveis. Como resultado, o conhecimento das leis operacionais de funcionamento da natureza aumenta nossa capacidade de predizer eventos futuros e nos adaptarmos ao curso de tais eventos. Os ensinamentos bíblicos são, entretanto, diametralmente opostos aos princípios científicos fundamentais da uniformidade operacional das leis da natureza. Conseqüentemente, a crença na Bíblia é incompatível com a visão científica e tem servido como um fator de desencorajamento ao desenvolvimento de uma abordagem científica na solução de problemas.
Na Bíblia, há mentiras e histórias fabulosas de cobras falantes
(Gênesis 3:4-5);
uma árvore com frutos que quando comidos proporcionam o conhecimento do bem e do mal (Gênesis 2:17;3:5-7);
outra árvore cujos frutos dão a imortalidade (Gênesis 3:22);
uma voz vinda de um arbusto em chamas (Êxodos 3:4);
um jumento falante (Números 22:28);
rodas que se transformam em serpentes (Êxodos 7:10-12);
água se transformando em sangue (Êxodos 7:19-22);
água nascendo da pedra (Números 20:11);
um defunto que renasce quando seu corpo toca os ossos de um profeta
(Reis II 13:21);
pessoas ressuscitando dos mortos (Reis I 17:21-22; Reis II 4:32-35; Atos 9:37-40).
Há também relatos do Sol parando (Jó 10:13) e o sol se movendo 10 graus para trás, em Isaías 38:8 (Ah, isso que é truque!);
a divisão do mar (Êxodos 14:21-22);
ferro flutuando (Reis II 6:5-6);
a sombra retrocedendo dez degraus (Reis II 20:9-11);
uma bruxa trazendo a alma de Samuel de volta do mundo dos mortos
(Samuel I 28:3-15);
dedos sem um corpo escrevendo num muro (Daniel 5:5);
um homem que viveu por três dias e três noites no estômago de um peixe
(Jonas 1:17);
pessoas andando sobre as águas (Mateus 14:26-29);
uma virgem fecundada por Deus (Mateus 1:20);
a cegueira curada por cuspe (Marcos 8:23-25);
uma piscina que curava os que nela mergulhassem (João 5:2-4)
e anjos e demônios interferindo nos assuntos terrestres
(Atos 5:17-20; Lucas 11:24-26).
É claro que tais histórias e lendas derivadas da Terra de Canaã e dos sumérios, não estão de acordo com as leis da natureza. Estas fábulas bíblicas servem para manter a idéia primitiva de que freqüentemente forças sobrenaturais podem intervir em nosso mundo. Presumivelmente, os autores de tais histórias, reles mortais ou mentiram ou foram desonestos quando relataram essas histórias divinas.
Quando examinados à luz da experiência e da razão, tais suspensões das leis da natureza carecem de credibilidade. Nossa experiência demonstra que o mundo se comporta de acordo com princípios de regularidade que nunca são alterados. Uma terrível conseqüência na crença de que forças sobrenaturais interferem nos afazeres terrestres tem sido a de pessoas que freqüentemente desviam suas energias na tentativa de buscar no sobrenatural a solução de problemas de nosso mundo. Ao invés de estudar o mundo natural para descobrir fatos que possam ser usados para o desenvolvimento de soluções científicas, tais pessoas se engajam em atividades religiosas no esforço de obter ajuda de forças sobrenaturais ou para impedir a influência de forças supostamente malígnas em suas vidas.
Um exemplo de tal desvio de energias pode ser visto na história das tentativas de prevenir a ocorrência e a disseminação de doenças na Europa. O historiador Andrew White diz que, durante muitos séculos na Idade Média, a imundície das cidades européias sempre causou grandes pestilências que levaram multidões para os túmulos. Baseado nos ensinamentos da Bíblia, os teólogos cristãos durante séculos acreditavam que tais pestes eram causadas não por falta de higiene, mas pela ira de Deus ou pelas maldades de Satã.
Devido à crença nas causas espirituais das doenças, os teólogos ensinavam as pessoas que as pragas poderiam ser evitadas ou aliviadas por atos religiosos, tais com arrependimento dos pecados, doação de presentes para as igrejas e monastérios, participação em procissões religiosas e comparecimento aos encontros nas igrejas (o que certamente somente servia para espalhar ainda mais as doenças). A possibilidade de causas físicas para a existência e cura das doenças sempre foi ignorada pelos religiosos.
Andrew White diz que, a despeito de todas as rezas, rituais e outras atividades religiosas, a freqüência e o rigor das pragas, não diminuiu até que a higiene científica começasse a se tornar presente. Falando das melhorias higiênicas que ocorreram na metade do século XIX, White diz que "as autoridades sanitárias conseguiram em meio século fazer mais pela redução da doença do que tinha sido feito em 1500 anos por todas as feitiçarias que os religiosos tentaram realizar."
Leia mais sobre estes assuntos em www.humanismbyjoe.com ou no livro
“The Year of Living Biblically,”A .J. Jacobs, Simon & Schuster, EUA, 2007 , ou em : ebooks.palm.com
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Site interessante de, Assis Utsch :
http://www.divinamagia.com.br/
Leitura recomendada: “Tratado de Ateologia”
Michel Onfray, Editora: Martins Fontes
“Os três monoteísmos, animados por uma mesma pulsão de morte genealógica, partilham uma série de desprezos idênticos: ódio à razão e à inteligência, ódio à liberdade; ódio a todos os livros em nome de um único; ódio à vida; ódio à sexualidade, às mulheres e ao prazer; ódio ao feminino; ódio ao corpo, aos desejos, às pulsões. Em vez e no lugar de tudo isso, judaísmo, cristianismo e islã defendem: a fé e a crença, a obediência e a submissão, o gosto pela morte e a paixão pelo além, o anjo assexuado e a castidade, a virgindade e a fidelidade monogâmica, a esposa e a mãe, a alma e o espírito. Equivale a dizer a vida crucificada e o nada celebrado ...”.
Michel Onfray
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