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13 de novembro de 2010

Capítulo 68: Bíblia e seus ensinamentos inconsistentes

Ensinamentos inconsistentes com a Estrutura física do Mundo


Uma razão adicional pela qual os Humanistas rejeitam a Bíblia é a de que ela contém muitos ensinamentos que são contrários ao que a ciência descobriu como sendo a estrutura física do mundo.
Um exemplo clássico sobre os ensinamentos incorretos da Bíblia pode ser visto na oposição dos religiosos cristãos aos argumentos de Galileu sobre os argumentos da doutrina de Copérnico quanto ao duplo movimento terrestre. No século XVI, Copérnico apresentou a idéia de que a Terra girava em torno de si e do Sol, e no século seguinte o telescópio de Galileu proporcionou evidências seguras de que Copérnico estava certo.
Em oposição à doutrina de Copérnico e na tentativa de demonstrar que a Terra permanecia estável enquanto o Sol se move em seu redor, a Igreja católica se referiu ao décimo capítulo do livro de Jó. Lá somos informados que Jó conseguira que o Sol, e não a Terra, permanecesse parado para que o dia fosse mais longo e assim pudesse cumprir sua missão na batalha contra os Amoritas. A terra descansa em pilares e não se move (a menos que Deus fique irado) Jó 9:6, 38:4-6. O céu é fixo em pilares que tremem quando Deus se aborrece (Jó 26:11; Salmos 18:7, 15; 82:5; 93:1; 96:10; 104:5 Jeremias 10:10; 31:37).
Outras passagens demonstram que os escritores da Bíblia pensavam que a Terra era fixa: Salmos 93:1 (O Mundo não pode ser movido), Crônicas 16:30 e Salmos 104:5 (O Senhor fixou as fundações da Terra de forma que jamais pudesse ser movida).
Por causa dos pontos de vista de Galileu sobre a doutrina de Copérnico, a Inquisição o torturou, forçando-o a desmentir suas afirmativas e condenou-o à prisão. Além disso, baseado nos ensinamentos da Bíblia, por quase duzentos anos, o Índex dos Livros Proibidos da Igreja Católica condenaram todos os escritos que afirmassem a idéia do duplo movimento terrestre. Além disso, por gerações, as principais correntes da Igreja Protestante - Luteranos, Calvinistas e Anglicanos - denunciaram a doutrina de Copérnico como sendo contrária às escrituras.
A Bíblia também contém erros grosseiros quando sustenta a idéia da Terra ser plana. No sexto século, um monge cristão chamado Cosmas escreveu um livro intitulado “Topographia Christiana” no qual ele descrevia a estrutura do mundo físico. Cosmas, baseou suas conclusões nos ensinamentos da Bíblia e sustentava que a Terra era plana, cercada por quatro mares.
Uma das razões para a crença de Cosmas numa terra plana era a afirmativa bíblica do livro das Revelações 1:7 de que, quando Cristo retornasse, "todos os olhos o iriam ver". Cosmas concluiu que se a Terra fosse redonda ao invés de plana, as pessoas que estivessem do outro lado não poderiam presenciar a Segunda vinda de Cristo...
Outros apoios bíblicos para a idéia da terra plana podem ser encontrados em Isaías 11:12 (ao falar dos quatro cantos da Terra) e em Jeremias 16:19 e Atos 13:47 (final da Terra).
Como conseqüência de tais ensinamentos bíblicos, a maioria dos antigos padres acreditavam que a terra era plana. O pensamento de Cosmas também foi considerado por muito tempo como parte da doutrina da Igreja Ortodoxa. Consequentemente, quando Cristóvão Colombo propôs, no século XV, a idéia de partir do leste da Espanha para chegar as Índias pelo lado oeste, a noção da Terra Plana foi um dos principais motivos de oposição ao empreendimento.

A Bíblia também apresenta a idéia do céu como uma abóbada sólida. Em Gênesis 17 o Senhor coloca o Sol e a Lua "no firmamento" para que houvesse luz sobre a Terra. A palavra em Hebreu traduzida como "firmamento" é "raqia", que significa "metal batido". Por essa razão, a Igreja levou muito tempo aceitando a idéia do "firmamento". Tal idéia também foi aceita por Cosmas e consequentemente tornou-se parte da doutrina ortodoxa da Igreja por diversos séculos.
Dentro dessa doutrina estava a idéia ingênua de que havia janelas no firmamento que eram abertas por anjos sempre que Deus desejasse fazer chover na Terra. Cosmas acreditava que quando tais janelas eram abertas, uma porção das águas contidas acima do "firmamento", conforme mencionadas em Gênesis 1:17, caiam sobre a Terra. A base de Cosmas para esse ponto de vista era a afirmativa de Gênesis 7:11-12, de que no tempo do dilúvio, "as janelas dos céus foram abertas" caindo assim a chuva sobre a Terra.

A Bíblia também afirma que a Terra repousa sobre pilares. Os "pilares" da Terra são mencionados em diversos versículos do Velho Testamento (Samuel I 2:8, Salmos 75:3, Jó 9:6). Tais passagens, na verdade, são um reflexo da crença dos antigos Hebreus de que a Terra se sustentava sobre pilares.

Além disso, a Bíblia contradiz a ciência médica ao declarar que as doenças e outros males físicos resultam de agentes sobrenaturais, tais como atividades demoníacas, ao invés de causas físicas. Ao descrever as curas de Jesus, o Novo Testamento afirma que os seguintes fatos teriam sido produzidos por demônios: cegos (Mateus 12:22), mudos (Mateus 9:32-33), aleijado (Lucas 13:11,16), epilepsia (Mateus 17:14-18) e insanidade (Marcos 5:1-13).
Como conseqüência, os líderes da Igreja geralmente desencorajavam o ponto de vista de que a doença pudesse ser causada por processos naturais e apoiavam a idéia de agentes demoníacos como principais causas dos males. Por exemplo, Santo Agostinho, cujas idéias fortemente influenciaram o pensamento ocidental por mais de um milênio, disse no século IV:
"Todas as doenças dos cristãos devem ser atribuídas a estes demônios..."
Mesmo com o surgimento da Reforma Protestante no século XVI, não houve muita mudança na atitude da Igreja quanto à origem das doenças. Martinho Lutero sempre atribuía sua própria doença à "praga do diabo" e ensinava que: "Satã produz todos os males que afligem a humanidade, pois ele é o príncipe da morte".

A Bíblia também contém versículos que mencionam dragões (Jeremias 51:34), Unicórnios (Isaías 34:7) e outros animais fabulosos (Isaías 11:8). Com base nestes versos, muitos naturalistas da Idade Média acreditavam que essas criaturas míticas de fato existiram.
Além disso, por séculos, e ainda hoje em muitos lugares, os versículos bíblicos levaram o mundo cristão a acreditar que os cometas são enviados de Deus para prevenir a humanidade de sua ira divina e castigo iminente;
que o surgimento de estrelas e meteoros são presságios benéficos de eventos tais como o nascimento de heróis e grandes homens;
que os eclipses significam a divina tristeza devido a fatos terrestres;
que os temporais e todos os fenômenos meteorológicos desagradáveis são causados pela ira de Deus ou pela fúria de Satã;
e que, mesmo que a Terra seja redonda, as pessoas ainda assim não vivem "do outro lado."

A Bíblia também não está cientificamente correta quando diz que:
o morcego é um pássaro (Levíticos 11:13,19),
que o coelho e a lebre ruminam (Levíticos 11:5-6),
e que a semente de mostarda "é a menor de todas as sementes"(Mateus 13:32).
Também é inconsistente com a ciência e de fato absurdo assegurar que Deus tenha confundido as línguas dos seres humanos por ele temer que os homens unidos pudessem construir uma torre alta o suficiente para atingir o Céu (Gênesis 11:1-9).

Alguns pastores da Igreja de Deus no sul dos EUA brincam com cobras venenosas como uma prova de fé. Eles fazem isso porque a Bíblia afirma que os homens de fé em Cristo “pegarão nas serpentes” (Marcos, 16:18) e se impuserem as mãos sobre os enfermos serão curados. Amém ! Uma interpretação literal diz que as cobras são na verdade, dificuldades e provações. E em Salmos 103:3 , a medicina é desnecessária. O tratamento de Deus para a lepra pode ser encontrado em Levítico 14:2-52, comprando dois pássaros e...

O efeito de se buscar na Bíblia idéias a respeito da estrutura do mundo físico foi bem resumido pelo historiador Andrew White. Ele diz que

"Desenvolveu-se em todos os campos pontos de vista teológicos sobre a ciência que nunca levaram para uma verdade sequer e que, sem exceção, forçaram a humanidade a se distanciar da verdade causando por séculos o afundamento do mundo cristão num abismo de erros e infortúnios."

Face às numerosas afirmativas incorretas concernentes à estrutura do mundo físico contidas na Bíblia, parece não haver razão para se acreditar que os escritores bíblicos estivessem mais corretos quando escreviam sobre coisas invisíveis. Cometendo tantos erros sobre o universo observável, a Bíblia não pode ser considerada como um guia totalmente confiável quando trata de assuntos espirituais e questões de fundo ético.

A ciência não tem todas as respostas e a capacidade da ciência explicar racionalmente os fenômenos naturais e os processos sociais é algo que se dá no tempo, é processual, um devir infinito, sempre relativo onde a superação de um nível de conhecimento por outro mais complexo é necessário. Ao contrário da religião a ciência tem a decência de admitir limites, não saber [ainda] e empenhar-se na busca por superar suas lacunas e avançar, sempre preocupada com a capacidade de demonstrar, comprovar, as teses que afirma.



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