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24 de maio de 2010

Capítulo 42: Deuses do Olimpo e a Ilha Sagrada

Deuses do Olimpo e a Ilha Sagrada

Atenas e Esparta entraram em guerra arrastando as demais polis para o conflito que ficaria conhecido como a Guerra do Peloponeso, quando iniciou-se o período de domínio espartano. Depois a Grécia esteve sob o domínio da Macedônia, caracterizando o que ficou conhecido como período helenístico. Alexandre, o Grande, educado por Aristóteles esse assimilou valores da cultura grega e partiu para novas conquistas chegando até a Índia. Morreu com 33 anos e o grande império que conquistara não sobreviveu. Levaram ao enfraquecimento do Império Macedônico e à sua posterior ocupação pelos romanos. Alexandre foi o responsável pela difusão da cultura grega pelo Oriente, e a cultura grega mesclada com a elementos orientais deu origem à cultura helenística.
Enquanto Atenas, com as escolas filosóficas deixadas por Platão e Aristóteles, continuou sendo a capital da filosofia. Alexandria era a metrópole da ciência. Com sua grande biblioteca, essa cidade era o centro da matemática, astronomia, biologia e medicina. O ponto comum era entre eles era o desejo de responder às perguntas sobre qual seria a melhor maneira de o homem viver e morrer. A questão era saber em que consistia a verdadeira felicidade e como ela podia ser alcançada.
O século de Péricles , constitui o momento áureo da cultura grega, quando viveram os principais filósofos, arquitetos, artistas e teatrólogos.
Nas artes plásticas eram famosos, principalmente na arquitetura e escultura. Os valores que norteavam essas formas de expressão e artística eram o humanismo, o racionalismo, a simplicidade, o equilíbrio, além da busca da harmonia.
Na arquitetura, os grandes nomes foram Ictínio e Calícrates, responsáveis pela construção de vários monumentos, dos quais o famoso Partenon – ou “morada das virgens”, consagrado a Deusa Atena, protetora da cidade de Atenas. Desenvolveram-se três estilos arquitetônicos, distintos pela forma e feitio das colunas e do capitel: o Jônico o Dórico e o Coríntio
Na produção teatral, as tragédias e as comédias confirmaram a genialidade dessa cultura, destacando-se nomes como o de:

Ésquilo, o “pai da tragédia”, autor de “Prometeu Acorrentado”,
Sófocles, o mais importante teatrólogo grego escreveu Édipo Rei, Electra e Antígona entre outras peças;
Eurípides, autor de Medéia, As Troianas e as Bacantes;
Aristófanes, autor satírico de As Nuvens, As Rãs e as Vespas.

Heródoto, “pai da história”, descreveu com pormenores as Guerras Médicas, encarando-as como um desígnio do Deus Zeus, já Tucídedes, autor de a Guerra do Peloponeso descartou qualquer idéia de destino, de um curso predeterminado na história, buscando esclarecer os fatores políticos que determinavam os acontecimentos históricos Apontava a moral guiando a vida das pessoas e a vontade de poder como força motriz do mundo.
Nas ciências , vale destacar o avanço da matemática com Euclides, criador da Geometria; da Física, com Arquimedes de Siracusa; da geografia com Eratóstenes e da astronomia com Aristarco, Hiparco e Ptolomeu, este último defensor do geocentrismo, teoria aceita até o início dos tempos modernos.
A civilização helenística caracterizou-se por apresentar a arte mais realista. A cultura substituiu a concepção clássica de que o “homem” é a medida de todas as coisas pelo monumentalismo, pessimismo, negativismo e relativismo.

AS DIVINDADES GREGAS

A religião cristã crê num único Deus, sendo considerada monoteísta, mas apesar disso mantém um conjunto de cultos independentes e interligados, através de devoções e rituais ligados aos muitos santos. Entre os gregos, a religião era politeísta, ou seja, eram vários os deuses, heróis, ninfas, titãs, centauros, em que acreditavam e que davam origem a diversas crenças, cultos e práticas religiosas.
Na Grécia Antiga, as varias cidades-estados eram parte de uma mesma comunidade religiosa: tinham as mesmas crenças e rituais, tanto que se faziam representar num santuário comum, Delfos, onde se uniam para rituais e festas pan-helênicas, como as Olimpíadas. Os deuses podiam ter várias cidades sob a sua proteção, o que era motivo de disputa entre eles. Os deuses também tinham uma vida política semelhante à dos homens: as decisões de Zeus eram comunicadas e discutidas em assembléia (Zeus convocou uma assembléia para comunicar sua decisão sobre a Guerra de Tróia). Numa outra ocasião exercitavam as suas raivas nas guerras entre os homens, nas quais tomavam partido. Na Guerra de Tróia, por exemplo, num ato de traição, alguns deuses apoiaram os gregos e outros apoiaram os troianos. Todos os deuses estavam reunidos; brindavam com as taças de ouro enquanto contemplavam a cidade e os troianos.
Os deuses, como os homens, eram ambiciosos e intrigantes: muitos templos eram construídos em cada cidade, porém apenas um deus poderia ter o encargo de ser seu patrono. Apesar de os deuses terem poderes “incríveis”, voar pela Grécia, dominar as forças da natureza, a imortalidade, eles eram muito parecidos com os humanos nas suas emoções: raiva, ciúme, tristeza, amor, desejo, alegria, eram sentimentos compartilhados com os homens. Possuíam outras qualidades humanas, além dos amores e emoções. O espaço da mulher, na sociedade da polis, era o mesmo da deusa Héstia e a dos homens correspondia ao Deus Hermes.
Para que o universo profano (não sagrado) entrasse em contato com o “sagrado” era preciso realizar uma série de ações significativas. Os rituais, praticados segundo o conhecimento da tradição religiosa, transmitidos por pessoas que tiveram a incumbência de guardá-los e ensiná-los às gerações seguintes. Entre os gregos, a tradição religiosa e os mitos eram transmitidos oralmente por poetas como Homero e Hesíodo., inspirados por divindades ligadas à música e à poesia, as Musas.
Os fenômenos da natureza, entre os gregos, às vezes eram divindades, como a Noite, outras vezes o relâmpago era resultado da ação de Zeus, e por isso os lugares atingidos pelos raios eram considerados sagrados. Acreditavam que a água causava os tremores da terra e, como tudo que se relacionava à água era relativo a Posêidon, então o Deus do mar era chamado. Bastava ler os sinais da natureza, para conseguir atingir os seus objetivos. A pitonisa, espécie de sacerdotisa, era uma importante personagem neste contexto. Buscavam explicações mitológicas para tais acontecimentos. Agradar uma divindade era condição fundamental para atingir bons resultados na vida material. Um trabalhador do comércio, deveria deixar o Deus Hermes sempre satisfeito, para conseguir bons resultados em seu trabalho. As almas dos antepassados também eram cultuadas pelas famílias, através de uma série de rituais que ficava a cargo das mulheres.
Havia ainda os seres imortais, com características de seres humanos, com poderes e considerados deuses. Alguns eram originários de tradições de outros povos, como Afrodite, Deusa do amor , seria uma Deusa da tradição mesopotâmica. Astarté, Dioniso e Hefesto teriam vindo da Índia. Os deuses habitavam o Monte Olimpo, principal montanha da Grécia. De onde comandavam os trabalhos e as relações sociais e políticas dos seres humanos, (algo assim como Meca e o Vaticano atual), embora algumas versões localizassem sua morada no céu. Muitas vezes, se apresentavam aos mortais sob forma humana, apaixonavam-se e acabavam tendo filho com eles. Desta união entre deuses e mortais surgiam os heróis e semideuses
As divindades gregas, como as de todas as religiões, eram consideradas seres dotados de consciência como o homem, porém com poderes superiores aos humanos. Uma vez que as divindades são seres conscientes, os homens pretendem relacionar-se com tal poder superior atingindo suas consciências da mesma forma como fazem entre si: através de laços afetivos e de oráculos, que muitas vezes são realizados nos templos.

Assim como a religião cristã, os gregos também já tinham seus mitos e narrativas quanto à origem do universo, como uma pequena parte do texto abaixo:

“Primeiro nasceu Caos, a existência indistinta; depois nasceram a Terra (Gaia) e Eros (...)Caos gerou a Noite, que gerou o Dia. A Terra gerou o Céu (Urano), as Montanhas e o Mar; uniu-se ao Céu (Urano) e gerou os Titãs, Réia, Têmis, Memória, os Ciclopes, fabricantes do raio, os Gigantes, de cinqüenta cabeças e cem braços, e Cronos, o tempo.
(...) Guiados por Eros, os deuses se reproduzem: há os filhos da Noite, entre os quais estão a Morte, o Sono, os Sonhos e as Parcas, divindades do destino, de cujos desígnios nem os deuses escapavam que eram três: Fiandeira, Distribuidora e Inflexível; e a linhagem do Mar, Nereu e as várias Nereidas, suas filhas, Espanto, Ceto, entre vários outros (...).”
O domínio de Zeus marca a terceira geração de deuses. Ele repartiu o mundo com seus irmãos. Posêidon ficou com os mares, Hades com o mundo subterrâneo e a ele coube o céu. Essa geração também teve muitos filhos e divindades. A origem do homem é relatada por inúmeros mitos que falam de seus antepassados: em algumas regiões eram considerados filhos da Terra, em outras formigas transformadas ou seres feitos a partir do barro ou da areia.

Em sua viagem a Tebas, encontrou a dominada por uma Esfinge, que devorava as pessoas que não decifrassem seu enigma:

“Qual o animal que anda com quatro patas ao amanhecer, duas ao meio dia e três ao entardecer ?”.

Édipo decifrou o enigma, respondendo: o homem.
A Esfinge morreu. Édipo tornou-se herói de Tebas e casou-se com a rainha Jocasta, a mãe que desconhecia. O enigma da Esfinge, “decifra-me ou devoro-te”, pode ser aplicada a Deus nos tempos atuais.
Esse mito na sua íntegra foi relido pelo psicanalista Freud, que nele encontrou pistas para elaborar suas idéias acerca da relação dos filhos com o genitor do sexo oposto. ( Mito de Édipo).

Quanto à vida depois da morte, os gregos acreditavam que a morada dos mortos era o Hades. Localizava-se nos subterrâneos, rodeado de rios, que só poderiam ser atravessados pelos mortos. Os mortos conservavam a forma humana, mas não tinham corpo, não se podia tocá-los. Também havia a ilha dos bem-aventurados, um local de eterno prazer, reservado aos heróis, deuses e filhos de deuses. Os sacrifícios eram forma de repetir os banquetes dos deuses com os homens, seguindo um ritual no qual o animal doméstico era conduzido em procissão, ao som de flautas, até o altar exterior do templo.
Nos templos dedicados aos deuses, existiam oráculos, sistemas de interpretação da sabedoria dos deuses, que se comunicavam com os homens que vinham pedir conselhos ou saber o futuro e muitas vezes não era pessoal e envolvia a cidade inteira, sobretudo em épocas de guerra ou de peste. Os deuses respondiam pela boca de uma sacerdotisa, a Pitonisa, que entrava em transe e incorporava o Deus, mais ou menos como os filhos-de-santo nos terreiros de umbanda e candomblé. Outras vezes, interpretavam o balançar das folhas dos carvalhos “sagrados” como a fala de Deus. A visita ao próprio Deus era sempre uma ocasião solene e acreditavam também em presságios como um aviso dos deuses, como o vôo das aves. Aconteciam também os mistérios que eram celebrações secretas.

Coube aos gregos o hábito de reunir os melhores atletas de seu tempo para competir entre si.
As festas, as Panatenéias, em homenagem a Atena, eram realizadas todos os anos e sempre em ocasiões de relação com os deuses. Começavam com uma procissão, um longo cortejo, que atravessava o centro da cidade para chegar à Acrópole (cidade na colina), onde sacrificavam quatro bois e quatro carneiros e depois tantas quantas necessárias para alimentar toda a gente da cidade. Nessas festas, de significado “religioso”, aconteciam concursos que possibilitavam o exercício da excelência em várias atividades: atlética, musical, dramática (tragédia sátira ou comédia) e até competição de beleza física , tanto entre mulheres como entre os homens e a recompensa do vitorioso era receber honras de herói. O atleta vencedor de uma corrida com archotes, recebia o “azeite das oliveiras sagradas de Atena”, em ânforas chamadas panatenaicas”.
Coube ao imperador romano Teodósio, convertido ao Cristianismo, destruir doze séculos de tradição de Jogos Olímpicos, por considerá-las festas “pagãs”. E a seu filho duas décadas mais tarde destruir templos e palácios.

Conheça os principais “deuses” gregos:

ZEUS – Deus de todos os deuses, o mais poderoso, o senhor do Céu;
AFRODITE- Deusa do amor, sexo e beleza;
POSEIDON – Deus dos mares e dos terremotos;
DIONISO – Deus do vinho e da euforia, fertilidade;
HERA- Deusa dos casamentos e da maternidade;
APOLO – Deus da luz, do Sol, do oráculo que falava através da sacerdotisa Pítia que atendia os consulentes, patrono da verdade, da medicina das obras de arte, adorado por mil anos;
ARES – divindade da guerra e dos guerreiros;
ATENA – Deusa da sabedoria, serenidade e protetora de Atena;
DEMÉTER – Deusa da fertilidade da terra, das colheitas;
ÁRTEMIS – Deusa da caça;
HADES – Deus dos mortos, dos cemitérios e do subterrâneo;
HEBE – Deusa da juventude;
HEFESTO (HEFAÍSTO) – Deus do fogo e do trabalho, dos ferreiros,
HEFESTO – Deus do fogo e dos artífices da metalurgia;
HESTIA – Deusa dos lares;
HERMES – o Deus mensageiro dos viajantes, dos ladrões e do gado.

Apolo, um olímpico, era o Deus do Sol. Ele também se encarregava de outras questões, entre as quais a profecia. Era uma de suas especialidades. Todos os deuses olímpicos podiam ver um pouco do futuro, mas Apolo era o único que sistematicamente oferecia esse dom aos humanos. Ele estabeleceu oráculos, sendo o mais famoso o de Delfos, onde santificou a sacerdotisa. Ela era chamada de pítia, em referência ao píton, que era uma de suas encarnações. Reis e aristocratas – iam a Delfos pagavam generosamente e suplicavam para saber o que estava por vir. Hoje em dia todo cidadão cientificamente alfabetizado conhece os perigos terríveis e os e embustes para espoliar crédulos das profecias e oráculos.

Deus não criou o homem à sua imagem. Evidentemente foi o contrário e é a essa explicação indolor para a profusão de deuses e religiões. E o fratricídio, como já vimos na Mesopotâmia, no antigo Egito e agora na Grécia. O que nós mostra que a religião é a criação do homem, e ainda assim os crentes insistem em alegar que sabem. Não apenas sabem, sabem tudo!
E nos dizem que já temos as informações necessárias, toda a “verdade” e que temos que cumprir as nossas obrigações. Insistem em dizer que deuses existem e devemos crer em seus salvadores e redentores, por uma questão de fé e salvação eterna (ou vingança ilimitada). Mesmo que seus criadores divinos e gurus não tenham feito tudo o que está escrito nos textos sagrados e com interpretações dadas por outras crenças de maneira semelhante ou totalmente diferente.

“Mitologia é o nome que damos às religiões dos outros”

Joseph Campbell

Por que Deus não fez a coisa certa desde o começo?
Quem criou Deus?



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“Afirmo que somos todos ateus. Apenas acredito num Deus a menos que você.
Quando você entender por que rejeita todos os outros deuses, possíveis,
entenderá por que rejeito o seu.”

Stephen Henry Roberts

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