Grécia Antiga: A “Grande Mãe” Deusa
A civilização grega concentrou-se no sul da Península Balcânica, nas ilhas do Mar Egeu e no litoral da Ásia Menor. O relevo montanhoso, solo pouco fértil e o isolamento das localidades, organizadas em cidades-estados autônomas eram características marcantes da Grécia Antiga. A expansão comercial foi realizada através do comércio marítimo em especial com o Egito. Diversas colônias gregas se estabeleceram na orla do Mar Mediterrâneo, especialmente no sul da Itália. A civilização grega está ligada à ilha de Creta, no sul do mar Egeu. Havia ali o domínio de uma elite comercial e de governantes residentes em luxuosos palácios, como na cidade de Cnossos.
As mulheres cretenses desfrutavam privilégios, desconhecidos em outras sociedades da Antiguidade.
Como decorrência disso, a religião mostrava a tendência matriarcal dessa sociedade na figura da Deusa Mãe, sua principal divindade, particularidade distante de outras culturas do período em que era comum o predomínio de divindades masculinas.
A Deusa Mãe primordial, uma das primeiras divindades a habitar o Monte Olimpo. Geradora de todos os deuses, a deusa-terra, livre de nascimento ou destruição, de tempo e espaço, de forma ou condição. Segundo as crenças gregas, no princípio havia um grande vazio chamado Caos e todas as coisas estavam mistas umas às outras. Sobre essa confusão reinava a Noite e em algum momento surgiu o Érebo. Do Caos e da Noite nasceram o Destino e as divindades Moiras (cegas), que estabeleciam tudo, inclusive os deuses estavam submetidos a elas. Para vencer o silêncio e o vazio nasceu o Amor (Eros). Produzindo um início de ordem.
Nasceu imediatamente depois do Caos e, com Eros Caos e Tártaro, o poço negro sob a terra, formaram quatro divindades nomeadas como originais. Da união de Érebo e Noite nasceram Étera luz celestial e o Dia ou Hélios e, então, apareceu a Terra (Gaia), a Mãe Universal, chamada de Gaia. Gaia por si só gerou, gerou Urano, o Céu, e ele próprio se uniria para gerarem os 12 deuses Titãs liderados por Cronos (Saturno). Surgiu do vazio eterno, dançando e girando sobre si como se fosse uma esfera em rotação. Moldou as montanhas segundo sua espinha, os vales pelos buracos de sua pele, os morros e planícies de acordo com seus contornos. De sua quente umidade fez nascer um fluxo de chuva que banhou e alimentou a sua superfície trazendo a vida e pequenos filhotes verdes se lançaram através de seus poros. Encheu os oceanos e lagoas e fez os rios correrem através de profundos sulcos. Observou suas plantas e animais crescerem e, então, trouxe à luz de seu útero seis mulheres e seis homens, os humanos mortais, e posteriormente deu-lhes um oráculo para orientação deles. Nos morros de Delfos, fez brotar vapores que subiram por uma fenda nas rocha, envolvendo uma sacerdotisa capaz de interpretar as mensagens que surgiam da escuridão de sua terra útero. Os mortais viajavam longas distâncias para consultar o oráculo e ouvir suas previsões, passou a ser reverenciada por todos os mortais.
Juntamente com uma onda invasora formada por aqueus e o advento da civilização micênica, chegaram os dórios, eólios e os jônios.
Os dórios impuseram um violento domínio sobre toda a região da atual Grécia, causando não só o fim da civilização micênica, mas também o deslocamento de grupos humanos da Grécia para as ilhas do mar Egeu e o litoral da Ásia Menor. Um processo conhecido como a Primeira Diáspora Grega. Dessa época do Período Homérico restam informações concentradas nos poemas épicos de Ilíada com a descrição da guerra de Tróia e Odisséia, narração das aventuras de Ulisses herói grego, ambas atribuídas ao historiador Homero. Os gregos se expandiram por outras regiões devido ao aumento populacional num processo chamado de Segunda Diáspora Grega, surgindo desse modo mais de cem pólis gregas, espalhadas pela orla Península Balcânica e pela orla do Mar Mediterrâneo, sendo Atenas e Esparta as mais importantes.
A sociedade espartana era formada por: espartanos, detentores do poder militar, político e religioso; periecos os pequenos proprietários e comerciantes; hilotas os servos do Estado. A educação espartana, enfatizava o aspecto militar, fundamentado-se em princípios de obediência e aptidão física. Crianças do sexo masculino que apresentassem deficiências físicas eram sacrificadas ao nascer por não poderem servir ao Estado como futuros guerreiros. Crianças saudáveis, por sua vez, eram separadas de sua família aos sete anos de idade e entregues para adquirirem formação militar. A partir dos 18 anos estavam prontos para ingressarem no serviço militar. As reformas de Clístenes encerraram o período clássico.
Os gregos consideravam a democracia um regime político perfeito, na medida que todo cidadão participava ativamente da tomada de decisões, com restrições, visto que somente os nascidos em Atenas eram considerados homens livres (minoria) e atenienses. Atenas e Esparta, iriam se unir militarmente para enfrentar um inimigo comum, os persas, que ameaçavam as fronteiras orientais do mundo helênico.
Depois começaria o período clássico, marcado por violentas lutas dos gregos unidos na aliança conhecida por Liga de Delos contra os invasores persas nas Guerras Médicas . Os persas foram expulsos e derrotados. Apesar disso , foi o apogeu da antiga civilização grega com grandes realizações culturais. Com as reformas de Clístenes, toda a Grécia acabaria recebendo influências atenienses que se aprofundaram no governo de Péricles, realizador de marcantes transformações econômicas e políticas em Atenas. Esse período ficou conhecido como a Idade de Ouro de Atenas.
Creta , hoje ainda é a terra do vinho e do azeite de oliveiras, antes disso foi, Corinto contra Atenas contra Esparta, Esparta contra Tebas e Tebas contra Corinto, um círculo vicioso de ódios entre Deuses.
Lembram da canção “Mulheres de Atenas” de Chico Buarque de Holanda e Augusto Boal? A letra não descreve apenas a situação da mulher ateniense. Ela serve como metáfora sobre s situação de muitas mulheres hoje em dia, abaixo uma parte dessa musica linda..
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seus maridos, orgulho e raça de Atenas
Quando amadas se perfumam
Se banham com leite, arrumam
Suas melenas
Quando fustigadas não choram
Se ajoelham, pedem, imploram
Mais duras penas
Cadenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Sofrem pros seus maridos , poder e força de Atenas
Quando eles embarcam, soldados
Elas tecem longos bordados
Mil quarentenas
E quando eles voltam, sedentos
Querem arrancar, violentos
Carícias plenas, obscenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Os próprios gregos moldaram seus deuses e, ao contrário das outras mitologias, tinham deuses humanizados, fazendo do céu um ambiente familiar. As principais divindades habitavam o Monte Olimpo e formavam a corte de Zeus (Júpiter) o Deus Supremo, ele repartiu o mundo com seus irmãos, além de divindades secundárias e semideuses, heróis e entidades.
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