II -PORQUE NÃO ACREDITO em Deus(es)
Argumentos da inexistência de Deus
Nasci ateu. Fui batizado (sem minha permissão) e doutrinado desde
a infância e o conceito de um Deus me foi imposto nas aulas de catequese.
Assistia aos cultos dominicais, dava generosas contribuições à igreja da minha
comunidade. A crença desmoronou, na leitura e interpretação da bíblia, me
tornei agnóstico. Ao mesmo tempo, participei por muitos anos da maior
escola filosófica do mundo. Numa leitura mais crítica da bíblia
percebi afirmações falsas, invenções (mitos, lendas) das quais comecei a desconfiar.
Assim como do comportamento escandaloso dos clérigos e das religiões mercadores
da fé. Quando aposentado, tive mais tempo para pesquisar, isso já aos 50 anos.
Nos dez anos seguintes, quis saber sobre, o sentido da vida, os grandes vultos
da história, religiões do mundo e comparada, a origem do universo, da
onde viemos, para onde vamos, por que a
presença do mal e do sofrimento no mundo de Deus?... Fui em busca de mais
conhecimento e da VERDADE, pelos meus próprios méritos.
Exposto à teoria da evolução
Gênese bíblica, da ciência, filosofia, humanismo secular, minha fé desmoronou
completamente. Escolhi o caminho da razão, algo mais perto da realidade e me
tornei descrente. Rejeitei o
Cristianismo e a Bíblia com suas discrepâncias, erros, contradições e pontos de
vista diferentes, com uma dura desilusão. Eu tinha chegado a um ponto em que
não podia mais acreditar num Senhor bom e bem intencionado encarregado desse e do
outro mundo, e me reconverti para o ateísmo.
Passei anos e anos em busca
da verdade, analisando, comparando, pesquisando e abstraindo cuidadosamente
essa questão da fé (origens do cristianismo, milagres, inferno, vida eterna,
dogmas, doutrinas...). Mas acabava chegando sempre a mesma conclusão: DEUSES
NÃO EXISTEM.
Grande parte dos leitores já
deve ter ouvido a explicação simbólica da criação do homem, que teria sido
feito com barro, água e sal. No livro do Genêsis, comum às religiões judaica,
cristã e muçulmana, é dito:
“E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em seu nariz o
fôlego da vida, e o homem se tornou ser vivo".
Esse mesmo MITO é encontrado
nas culturas gregas, asiáticas, ioruba e de vários índios americanos. Mitos
compartilhados pelas mais diversas culturas. É fato que qualquer agrupamento
que se mantém coeso por muito tempo cria sua mitologia (divindades e heróis). E
deuses mitológicos, só existem por uma razão: uma vez, em algum lugar, um homem
os imaginou. No conceito da psicologia junguiana, os mitos são expressões dos
arquétipos, assim como o são o conto de fadas e o folclore.
Deus criou o homem à sua
imagem e semelhança.... Ou foi a mente humana que criou a figura de Deus? A
verdade é que “No Princípio, o homem criou em seu orgulho, Deus à sua imagem e semelhança”. Um Deus
comediante atuando diante de uma platéia assustada demais para rir.
Para criar um ser divino,
basta a imaginação. Os MITOS são conforme os costumes, a cultura e superstições
regionais, são forjados com o que tem à mão. Então, basta incrementar com
histórias fabulosas, extraordinárias, tragédias e lições de moral, crime,
castigos e será confeccionado a novela sagrada. Vejamos exemplos:
1-Os nórdicos achavam que o
mundo começara num embate no gelo, do calor contra o frio;
2-Para os gregos os deuses
viviam numa montanha, assim como para os indianos;
3-Na África o povo acha que o
mundo veio do grande ovo cósmico, como também alguns chineses;
4-O homem pré-colombiano
achava que viemos do milho. Outros de argila, da madeira, do barro ou do sopro
divino;
Além disso, há cópia de
mitos passados - utilizados para ornamentar os relatos – em muitas
religiões.
Utilizando métodos da lógica
e racionalidade humanas, pode-se dizer que ao tentar provar a existência de
Deus e esta tentativa resultar em uma, comprovada, impossibilidade da prova,
neste caso onde existem apenas duas possibilidades (existência ou
inexistência), tal impossibilidade de prova determina a prova da possibilidade
contrária, ou seja, a impossibilidade de provar a existência de Deus conclui
determinadamente a '''prova''' de sua inexistência.
Ex 1: Tentativa de prova da existência de Deus:
Se Deus existe, pode-se supor duas possibilidades em relação ao fato de existir:
Se Deus existe, pode-se supor duas possibilidades em relação ao fato de existir:
1ª. DEUS FOI CRIADO:
Se Deus foi criado, quem o teria criado? O fato de ter sido criado
requisita uma ação criadora, ação esta que requisita uma entidade criadora,
sendo assim existiria uma entidade criadora que teria criado Deus, o que é
impossível, já que as propriedades de Deus o caracterizam como atemporal,
onipresente, onisciente e onipotente, ou seja, não poderia haver outra
entidade mais poderosa que Deus,impossibilitando a sua criação por uma entidade
superior, logo prova-se que Deus não teria sido criado.
2ª.- DEUS NÃO FOI CRIADO:
Mesmo utilizando o
pressuposto de que algo pode existir sem ser criado, pode-se supor que, se Deus
sempre existiu, então para ser considerado como uma entidade concreta, ele
deveria ter:
I- Alguma forma: mutável ou não.
I- Alguma forma: mutável ou não.
II- Alguma matéria: sólida,
líquida, gasosa, ou qualquer outra desconhecida.
III- Ocupar algum lugar no
"espaço" ou qualquer outro "lugar" desconhecido não
abstrato.
Se Deus possui alguma matéria
e ocupa algum lugar em algum "espaço" não abstrato, então significa
que a "matéria" que o compõe e o "lugar" que ocupa, também
sempre existiram, ou seja a "matéria" e o "lugar" também
são Deus. Supondo que Deus seja onipresente, significa que o "lugar"
que ele ocupa é o conjunto do todo, logo conclui-se que Deus, que também é o
"lugar" que ocupa, é TUDO.
Porém o "TUDO" é a
abstração do conjunto concreto do todo, logo Deus não poderia ser o
"TUDO", pois não seria concreto, sendo assim Deus não poderia ser
onipresente.
Se Deus não poderia ser
onipresente, então não poderia ser onipotente, pois não PODERIA estar em qualquer
lugar. Se Deus não poderia ser onipotente, então não poderia ser onisciente,
pois não PODERIA saber de tudo; logo, é impossível a existência de uma entidade
concreta que tenha as características divinas, sendo assim Deus não poderia ser
concreto e não sendo concreto ele não poderia sempre existir.
Conclui-se que se Deus não
pode ter sido criado e que não poderia existir desde sempre como um ser
concreto, então comprova-se que a tentativa de provar que Deus existe é
impossível, logo prova-se o contrário.....
Hoje sabemos coisas sobre a
natureza que os fundadores das religiões não tinham sequer começado a
supor e que teriam calado suas línguas demasiadamente confiantes caso
soubessem. Mais uma vez, assim que são eliminadas as suposições supérfluas
(criacionismo, ou "projeto inteligente"), a especulação sobre quem
nos projetou para sermos projetistas se torna tão estéril e irrelevante quanto
a questão de quem projetou esse projetista. Ou seja não existe um mentor!
Tambem serve de resposta :
A PROVA DA INEXISTÊNCIA DE DEUS.
Pesquise (e peça tradução) no deus Google: Proof that there is no go
3.1 Argumento da inexistência de Deus segundo a contrariedade da existência
·
·
PROBLEMA DO MAL:
·
Existe muito sofrimento no mundo. Se Deus não
evitou cruzadas, inquisições, genocídios, não age para evitar guerras
(inclusive religiosas), escravidão, mortes de inocentes, abuso infantil
(pedofilia), epidemias ou tragédias naturais..., não pode ser bondoso,
onisciente, onipresente e onipotente (que tudo pode), como dizem os religiosos.
Certamente porque Ele simplesmente não exista.
·
Existe uma farta literatura sobre esse assunto
na Web:
"É
provável que Deus não exista.
Então
pare de se preocupar e comece a curtir a vida."
O Cristianismo claramente se
apropriou e copiou idéias oriundas de épocas mais remotas e de outras
religiões. Havia outros mitos (MITOS) já de 1000 e 500 anos AC, com
histórias parecidas. As
similaridades eram gritantes, como morrer na cruz, ser filho de deuses com
mulheres, ter sido perseguido quando criancinha, fazer milagres, ressuscitar
depois de três dias etc, Buda, Baco, Jaseu Krishna, Horus, Mitra e mais alguns. No livro de
Alfredo Bernacchi tem uma lista com a história de cada um. O mito mais recente
foi Chresthus, o Mestre da Retidão, dos judeus essênios que viviam em Roma
enchendo o saco dos imperadores (na pressuposta época de Cristo). Os sacerdotes
romanos de comum acordo com o império, para dominar o povo começou a
desenvolver essas estórias e elas foram espalhando-se.
A história de
um mito qualquer com traços bem similares atribuídos aos de Jesus, já vinha de
mil anos atrás. Krhisna, Baco, Horus, Mitra etc. Os Essênios (judeus) tinham
também o seu mito, pois esses esperavam o mesmo Messias de todo judeu. A
história muito semelhante à de Cristo (O mestre da Retidão) já estava
desenvolvida pelos Essênios (comprovações nos documentos do Mar Morto). Esses
judeus eram agressivos, arruaceiros, politizados e perturbavam muito o império
romano. (acabaram expulsos de Roma).
Os
sacerdotes, para facilitar o domínio romano sobre esse povo, aproveitaram-se das
tendências populares e uniformizaram essa história, juntando manuscritos
populares novos e antigos, selecionando-os. Eles liam as Escrituras hebraicas em grego e sempre que encontravam uma menção
a um christós – fosse ele um rei, um
profeta ou sacerdote – interpretavam-na imediatamente como uma referência
codificada a Jesus. A exegese pesher (decifração) dos cristãos foi tão
meticulosa que não havia praticamente versículo algum no Novo Testamento que
não se refira às Escrituras mais antigas a Septuaginta como outra fonte para a
biografia de Jesus. Ainda não havia o nome Jesus, mas o de Chresthus ou Christós,
um qualificativo que significa " Messias o ungido". Uns 60 anos
após o ano zero cristão, os sacerdotes
romanos inseriram o nome Jesus que passou a chamar-se Jesus o Cristo, e mais
adiante Jesus Cristo. Essa novidade foi de interesse popular e iniciaram-se a
intensamente copiar e reescrever e escrever novas histórias do Jesus Cristo (a
nova onda religiosa), conforme o entendimento e necessidade de cada comunidade
religiosa, em cada bairro, em cada igreja, em tal quantidade que chegou a
atingir a 4 mil escritos nos anos 100 a 300 que se seguiram.
Quando a igreja resolveu uniformizar essa história, escolheu alguns
textos populares (alguns mais tarde seriam canonizados) ou escritos por eles
mesmos e mandaram queimar os demais pois que havia muita discrepância entre as
histórias que foram criadas em cima do mito Jesus Cristo. Escaparam dessa
destruição aproximadamente 40 escritos, e mais um agora divulgado, o de Judas,
que foram encontrados escondidos no Egito. São os conhecidos como apócrifos,
definição dada pela própria Igreja, quer dizer falsos.
Pesquise e leia sobre Mitologias. "Ateu Graças A Deus",
"Sinto Muito mas, Jesus Cristo Nunca Existiu" e "A Bíblia do
Ateu". O mais famoso deles de ALFREDO BERNACCHI, é o Ateu Graças a Deus,
divulgado pelo site Ateus.Net.
Tais livros estão disponíveis
no www.4shared.com
Veja se alguém já ouviu isso:
O humano MANU salvou o deus
avatar em forma de peixe VISHNU. Depois apareceu a Manu e pediu que ele
construísse uma grande arca e guardasse um monte de sementes dentro dela para
escapar de um dilúvio. (uns 1000 a C)
O deus OSÍRIS engravida a virgem Ísis, esta dando à luz
Hórus. HÓRUS nascido da virgem Isis, lutou 40 dias no deserto. HÓRUS foi
batizado por ANUP e tinha 12 discípulos.
MITRA nasceu em 25 de dezembro,de uma virgem, também teve 12
discípulos, morreu crucificado, ressuscitou ao 3º dia. Era chamado a “Verdade e
a Luz”. Veio para lavar os pecados da humanidade. (1200 a C);
KRISHNA nasceu em 25 de
dezembro, de uma virgem, uma estrela avisou sua chegada, fez milagres, morreu e
ressuscitou. (900 a
C);
DIONÍSIO nasceu de uma
virgem, foi peregrino, transformou água em vinho, “alfa e ômega” era chamado,
ressuscitou. 500 aC;
Zoroastrismo, leia em:
ANTES da
Teoria da Evolução, era compreensível atribuir a Deus a a existência de
um design inteligente na natureza. HOJE, podemos provar como surgiram formas de
vida tão variadas e complexas. A teoria de Darwin é uma explicação muito
melhor para isso de Deus. Não precisamos mais nos render à tentação de
acreditar em um ser superior que criou tudo. Agora essa ideia parece
incoerente.
Não há razão
para crer em fantasias do tipo que , um super-homem veio para a Terra há
cerca de 530 milhões de anos e ajustou o DNA da fauna cambriana, provocando a
famosa explosão de vida daquele período. A explicação é mais fácil quando se
conhece as respostas da ciência. DEPOIS QUE VOCÊ QUESTIONA e SE INFORMA, a
hipótese de Deus torna-se incrivelmente improvável.
Com os
conhecimentos científicos que temos neste começo do século 21, ninguém é capaz
de contrariar seriamente a ideia de que processos naturais, agindo ao longo de
bilhões de anos, deram origem ao Universo, ao sistema solar, à Terra e à vida
que existe nela. Não há provas de que Deus tenha interferido diretamente em
nenhuma destas etapas. O Universo funciona com base em leis que nada têm a ver
com Deus. Nós simplesmente fomos “sortudos” o suficiente para vir à existência
num pedaço do Multiuniverso, um entre infinitos, que permitiu o surgimento de seres vivos, num
Universo “viável”. Só por isso que existimos e somos o que somos.
E digamos que
sim um ser projetista, tenha dado "inicio", fiat-lux ou ao big-bang,
e depois disso o que ele fez? Mas, sentou a bunda na cadeira cósmica e assiste?
Completamente “deus otiusus”.
Mas claro,
mas não acredita nos deuses de outras religiões. Você acredita no seu Senhor
único criador, projetista inteligente, etc etc etc, em todos as suas
experiências pessoais e todas as profecias dos seus falso profetas.
Mesmo que aceitássemos que o
nosso universo simplesmente tinha de ser projetado por um “projetista”, isso
não indicaria que esse projetista é o Deus bíblico, nem que Ele aprova o
cristianismo.
Acreditar num
ser superior, que mantém pessoas em absoluta servidão, é mais do que uma
simples perda de tempo: pode ser uma tremenda irresponsabilidade.
Em nome deste
ou aquele Deus, muita coisa errada acontece no mundo todos os dias - da
proibição do uso de preservativos, à violação dos direitos humanos. Por falta
de informação científica, as pessoas encontram na fé o caminho mais curto (ou
mais fácil) para driblar o sofrimento pessoal. Quando sofrem as pessoas acabam
se apegando a fantasias. Diferentemente de outros tempos, quando foi
fundamental para que os homens atingissem coesão social e pudessem dar sentido
à própria existência, a crença em Deus perdeu suas funções positivas. HOJE, ela
representa apenas uma barreira para a evolução e o desenvolvimento
humano.
A humanidade
acredita em deuses há milhares de anos. Só que, agora, já sabemos por quê. Até
aqui, foi natural o homem acreditar em algo divino, uma espécie da infância da
evolução. Mas nós nos tornamos maiores do que deus.
O fato de que
não se pode provar plenamente a inexistência de Deus é aceito e trivial, nem
que seja só no sentido de que nunca podemos provar plenamente a inexistência de
nada. O que interessa não é se a inexistência de Deus(es) pode ser comprovada
(não pode). Mas se sua existência é “possível”. Essa é outra história.
Hoje sou Ateu militante,
Cético, Humanista Secular, Racionalista, Livre Pensador e apenas alguém que não
acredita em milagres, mitos, sobrenatural, pseudociência, deus(es).
Coloquei as minhas pesquisas
e observações em 100 artigos, para ajudar outros descrentes, defenderem pontos
de vista, a saírem do “armário”, e deixar o meu legado para a posteridade.
A minha
intenção é conscientizá-lo, e se não conseguir, ao menos que entendesse melhor
o meu ponto de vista e a minha opinião, que faz parte de ser
honesto. Hoje não sei tudo, mas, mais sobre o mundo e sobre mim mesmo.
Hoje sou mais
feliz e menos torturado pela culpa mórbida das religiões. Já não acredito num
agente sobrenatural que responde as nossas preces ou supervisiona e guia a
evolução das coisas. Já não acredito num manipulador divino, que exige
submissão, gratidão e medo.
ACREDITO NA
VIDA ANTES DA MORTE. Mais iluminado, estou satisfeito de ser com o que sou e levo uma vida livre e virtuosa. Antes levava
uma vida "vigiada" por um Zeus digo Deus, Onisciente, Onipotente,
Onipresente e sobre tudo auto-suficiente e mais responsável pelo o BEM e pelo MAL do planeta
Terra.
Links relacionados: DEUS ERA BOM ou MAU ?
Cinco livros
recomendados,
QUEM JESUS FOI? QUEM JESUS NÃO FOI?
O PROBLEMA COM DEUS, ambos de Bartd D. Ehrman.
O MUNDO DE SOFIA, de Jostein Gaarder (Cia. Das Letras)
A BÍBLIA de Karen Armstrong (Zahar),
DEUS NÃO É GRANDE de Christopher Hitchens
DEUS UM DELÍRIO de Richard Dawkins
CARTA A UMA NAÇÃO CRISTÃ, de Sam Harris (Cia.
das Letras).
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