RELIGIÃO e POLÍTICA sempre de mãos dadas!
Estados
Totalitários Religiosos +Stalin+Hitler+Mussolini & Cia. Ilimitada
Se eu não
posso lhe provar que o sentido da religião desapareceu no passado, que seus
livros fundamentais são fábulas transparentes, que é uma imposição criada
pelo homem, que tem sido inimiga da ciência e da pesquisa e que sobreviveu
principalmente de mentiras e medos e foi cúmplice da ignorância e da culpa, bem
como da escravidão, do genocídio, do racismo e da tirania. Eu, quase
certamente posso afirmar que a religião hoje está plenamente consciente dessas
críticas. Também está plenamente consciente das provas cada vez mais
numerosas, referentes às origens do universo e à origem das espécies, que a
relegam à marginalidade, quando não à irrelevância.
Quando já foi
dito o melhor sobre Mitologias, Humanismo, Crítica Bíblica e o pior sobre as
Origens do Cristianismo, sobre a Inquisição, as Cruzadas, as contradições, as
inconsistências os horrores do Velho Testamento, os relatos desconexos e discrepâncias
de seus textos e autores e as fraudes do Novo Testamento. Mas há um ponto que
não pode passar sem maiores esclarecimentos.
Não é verdade
que regimes seculares e ateus cometeram crimes e massacres que são, na escala
das coisas pelos menos tão ruins, quanto não
piores? É possível ir além e dizer que o
totalitarismo secular de fato nos deu um resumo do mal humano. OS EXEMPLOS MAIS
UTILIZADOS os regimes de STALIN, HITLER, MUSSOLINI – nos mostram com
terrível clareza o que acontece quando os homens usurpam o papel dos deuses. E
essa é a objeção mais freqüente dos crentes mais radicais. Seria de esperar que
a religião tivesse preservado um pouco mais a sua dignidade.
O ponto merece
uma resposta mais detalhada. Para começar devagar, é interessante descobrir que
as pessoas de fé hoje buscam dizer defensivamente que não são piores que
fascistas, nazistas ou stalinistas. Não diria que as fileiras do
secularismo e do ateísmo estão exatamente abarrotadas de comunistas ou
fascistas. Mas pelo bem do debate, pode-se considerar certo que, assim como Secularistas
e ATEUS RESISTIRAM A TIRANIAS CLERICAIS E TEOCRÁTICAS, os crentes religiosos
resistiram às pagãs e materialistas. Mas isso seria apenas dividir a diferença.
A palavra
“totalitário” é um termo útil, porque ele distingue as formas “comuns” de
despotismo – aqueles que se limitam a exigir obediência de seus súditos – dos
sistemas absolutistas que exigem que os cidadãos se transformem inteiramente em
súditos e entreguem suas vidas particulares e suas personalidades ao
Estado, ou ao líder supremo. Se aceitarmos essa última definição, então o
primeiro ponto a ser abordado também é fácil.
No começo da
história da humanidade, o princípio totalitarista era o que reinava. A RELIGIÃO
ESTATAL OFERECIA UMA RESPOSTA COMPLETA E “TOTAL” A TODAS AS PERGUNTAS, da
posição de alguém na hierarquia social às regras concernentes à dieta e ao
sexo. Escravo ou não, o humano era propriedade, e o CLERO GARANTIA a
implementação do ABSOLUTISMO. Um pensamento impuro, podia fazer com que você
fosse esfolado vivo, ser acusado de possessão demoníaca ou de contato com o
Diabo era ser condenado por isso. Independentemente do que fizesse, e por mais
que tomasse precauções, os pecados dos quais não tinha consciência sempre
podiam ser lançados sobre você.
DURANTE A
MAIOR PARTE DA HISTÓRIA HUMANA, a ideia do ESTADO TOTAL ou ABSOLUTO esteve
intimamente LIGADA À RELIGIÃO. Um barão ou rei podia obrigar você a pagar
impostos ou a servir em seu exército, e normalmente podia garantir SACERDOTES À
MÃO para lembrar a você que era a sua obrigação. MAS os DESPOTISMOS
verdadeiramente ASSUSTADORES foram aqueles que também queriam o conteúdo
de seu coração e de sua cabeça. Quer estudemos as monarquias orientais da
China, da Índia ou da Pérsia, os impérios asteca ou inca ou as cortes medievais
da Espanha, da Rússia e da França, quase invariavelmente DESCOBRIMOS QUE
ESSES DITADORES ERAM DEUSES, ou OS LÍDERES DAS IGREJAS. Devia-se a eles mais
que a mera obediência: qualquer crítica a eles era por definição profana, e
milhões de pessoas viveram e morreram de medo de um governante que podia
escolher você para um sacrifício...transgredir um dia santo, um objeto sagrado
ou uma regra acerca de sexo, comida ou casta, podia produzir calamidades. Isso
continuou a ser verdade quando o direito divino dos déspotas começou a dar
lugar a versões da modernidade. A idéia de um Estado utópico na Terra, talvez
modelado a partir de algum ideal celestial levou as pessoas a cometer crimes
terríveis em nome do ideal.
UMA DAS PRIMEIRAS
tentativas de criar uma sociedade ideal, baseada no conceito de igualdade
humana, foi o Estado socialista totalitário estabelecido
pelos MISSIONÁRIOS JESUÍTAS no Paraguai ( e minha cidade vizinha
aqui nas missões no alto Uruguai no RS). Ele conseguiu combinar o máximo
de igualitarismo com o máximo de falta de liberdade, e só pôde ser sustentado
pelo máximo de medo. Isso deveria ser um alerta para aqueles que buscam
aperfeiçoar a espécie humana. Mas o objetivo de aperfeiçoar a espécie, que é a
própria raiz e a fonte do impulso totalitário é essencialmente religioso.
Para ter uma
disposição totalitária, não é preciso vestir um uniforme nem carregar um
porrete ou um chicote. Só é preciso desejar sua própria sujeição e se deliciar
com a sujeição dos outros. O QUE É UM SISTEMA TOTALITÁRIO senão aquele em que a
glorificação abjeta do líder perfeito é acompanhada da renúncia a toda
privacidade e individualidade, especialmente em questões sexuais, e da denuncia
e punição, “para seu próprio bem” daqueles que transgridem? O elemento sexual
provavelmente é decisivo, no sentido de que a mente mais embotada pode perceber
a profunda relação entre a repressão e perversão.
Na visão
totalitária religiosa, não é possível escapar deste mundo de pecado original,
culpa e dor. Uma infinidade de punições espera por você mesmo depois da
morte. De acordo com os TOTALITARISTAS RELIGIOSOS realmente radicais,
como o torturador, assassino e sádico João CALVINO, que tomou sua
doutrina medonha de Agostinho, uma infinidade de punições pode estar esperando
por você mesmo antes do nascimento. Há muito tempo foi escrito quais almas
seriam escolhidas ou “eleitas”, quando chegasse o momento de separar as ovelhas
das cabras. Não é possível nenhum recurso a essa sentença primordial, e não há
boas ações ou profissões de fé que possam salvar aqueles que não tiveram a
sorte de ser escolhidos.
A Genebra de
Calvino era um Estado totalitário típico. Calvino pode parecer um personagem
distante para nós, mas aqueles que costumavam agarrar e usar o poder em seu
nome ainda estão entre nós. São os mesmos que proíbem e censuram livros,
silenciam dissidentes, condenam estrangeiros, invadem a esfera privada e
invocam uma salvação exclusiva. São a própria essência do totalitarismo. O
fatalismo do Islamismo, que acredita que tudo está antecipadamente definido por
Alá, tem algumas semelhanças com esta completa negação da autonomia e da
liberdade humanas, bem como sua crença arrogante e intolerável de que sua fé
inclui tudo o que qualquer um precisa saber.Testemunhas de Jeová ousam dizer
que são puros, os escolhidos os eleitos e que só eles sabem o número
exato daqueles que serão poupados da fogueira
ICAR +NAZISMO+FASCISMO+COMUNISMO!
DADO O SEU PRÓPRIO HISTÓRICO de
sucumbir a ditaduras, como a religião enfrentou os totalitarismos “seculares”
de nossa época?
É preciso
inicialmente considerar, por ordem fascismo, nazismo e stalinismo.
O
FASCISMO - o precursor e modelo do nacional-socialismo, foi um
movimento que acreditava em uma sociedade orgânica e corporativa, presidida por
um líder ou guia. Surgindo da miséria e da humilhação da Primeira Guerra
Mundial, os movimentos fascistas defendiam os valores tradicionais contra o
bolchevismo e pregavam o nacionalismo e a piedade. Provavelmente não é
coincidência que tenham surgido inicialmente, e de forma mais entusiasmada, em
países católicos, e certamente não é coincidência que a Igreja Católica em
geral fosse simpática ao fascismo como ideia.
Não apenas a
IGREJA VIA O COMUNISMO COMO UM INIMIGO MORTAL, mas também via seu inimigo judeu
mais antigo nas mais altas fileiras do partido de Lenin.
Benito
MUSSOLINI mal tinha tomado o poder na Itália e o Vaticano já estava
fazendo com ele um tratado oficial, conhecido como Tratado de Latrão de 1929.
Pelos termos do acordo, o CATOLICISMO SE TORNOU A ÚNICA RELIGIÃO RECONHECIDA NA
ITÁLIA , com monopólio em questões de nascimento, casamento, morte e educação,
e em troca conclamava seus seguidores a votar no partido de Mussolini. O Papa
PIO XI descreveu il Duce (“o líder”) como “um homem enviado pela
Providência”. Eleições não seriam uma característica da vida italiana por muito
tempo, mas a Igreja ainda assim levou à dissolução dos partidos católicos
leigos de centro e ajudou a financiar um pseudo-partido chamada “Ação Católica”,
que foi copiado em muitos países.
Por todo sul
da Europa, a IGREJA FOI UMA ALIADA CONFIÁVEL DE REGIMES FASCISTAS na Espanha
(general Franco), em Portugal e na Croácia...A Igreja se esforçou para se
desculpar durante 50 anos por tudo isso, mas sua cumplicidade com
fascismo é uma marca indelével em sua história.
O primeiro
acordo diplomático fechado pelo governo de Hitler foi consumado em 8 de julho
de 1933, poucos meses após a tomada do poder, e teve a forma de um tratado com
o Vaticano. Em troca de controle inquestionável da educação de crianças
católicas na Alemanha, o fim dos abusos infligidos em escolas e orfanatos
católicos e a concessão de outros privilégios. A Santa Sé instruiu o Partido
Centro Católico a se dissolver e bruscamente determinou que os católicos se
abstivessem de qualquer atividade política.. Milhões de católicos que viviam no
Terceiro Reich, que mostraram grande coragem se opondo a ascensão do
nazismo, foram traídos.
Por
instrução do papa, o cardeal de Berlim regularmente transmitia
“calorosas
congratulações ao Führer em nome dos bispos e das dioceses da Alemanha”,
sendo essas louvações a partir de 1939, acompanhadas das
“orações fervorosas que os católicos da
Alemanha estão enviando aos céus a partir de seus altares”. A ordem era
obedecida e fielmente executada.
O papa PIO XI , esse papa fraco e
doente sempre foi manobrado, ao longo da década de 1930, por seu secretário de
Estado, Eugenio Pacelli. Nós hoje o conhecemos Pacelli como o Papa PIO XII, que
ocupou o posto depois da morte de seu antigo superior em fevereiro de 1939.
Quatro dias depois de sua eleição pelo Colégio de Cardeais, Sua Santidade
produziu a seguinte carta para Berlim:
“ Ao ilustre
Herr Adolf Hitler, Führer e chanceler do Reich Alemão!
Aqui, no
início de Nosso Pontificado, queremos assegurar que Nós permanecemos dedicados
ao bem-estar espiritual do povo alemão confiado a sua liderança. (...) Durante
os muitos anos que passamos na Alemanha, fizemos tudo ao nosso alcance para
estabelecer relações harmoniosas entre a Igreja e o Estado. Agora que as
responsabilidades de nossa função pastoral aumentaram nossas
oportunidades, de forma ainda mais ardente rezamos para atingir essa meta.
Que a prosperidade do povo alemão e seu progresso em todas as áreas se realizem,
com a ajuda de Deus, para a fruição! “.
Seis anos
depois dessa mensagem maldosa e vaidosa, o um dia próspero e civilizado povo da
Alemanha podia olhar ao redor e dificilmente ver um tijolo sobre outro,
enquanto Exército Vermelho sem deus marchava rumo a Berlim.
Estudando
aquela guerra, talvez seja possível aceitar que 25 por cento do SS eram
católicos praticantes e que nenhum católico foi sequer ameaçado de excomunhão
por participação em crimes de guerra. (José Goebbels foi excomungado, mas isso
se deu antes e, afinal, ele tinha sido responsável por isso pelo crime de ter
se casado com uma protestante.)
Muitos
cristãos deram suas vidas para proteger seus próximos, mas a chance de que eles
o tenham feito por ordem de qualquer sacerdote é estatisticamente nula. A
esquerda secular da Europa se saiu bem melhor da luta contra o nazismo, mesmo
que muitos de seus membros acreditassem que havia um paraíso operário além dos
montes Urais.
Seres
humanos e instituições são imperfeitos, certamente. Mas não poderia haver prova
mais clara e vívida de que as instituições sagradas são feitas pelo homem.
O concluio
continuou mesmo depois da guerra, com criminosos nazistas procurados, levados
para a América do Sul. Foi o próprio Vaticano, com sua capacidade de
providenciar passaportes, documentos, dinheiro e contatos, que organizou a rede
de fuga e também a necessária proteção e ajuda no outro extremo. Por mais que
isso fosse ruim em si, também envolvia cooperação com outras ditaduras de
extrema direita do hemisfério sul, muitas delas organizadas segundo o modelo
fascista. Torturadores e assassinos fugitivos como Klaus Barbie se tornavam
colaboradores desses regimes, que também desfrutaram de um firme apoio do clero
católico local.
Costuma ser esquecido que a
tríade do Eixo incluía outro membro, o império do JAPÃO, que tinha como seu
chefe de Estado não apenas uma pessoa religiosa, mas na verdade uma divindade.
Se a chocante heresia de acreditar que o IMPERADOR HIROHITO ERA DEUS foi algum
dia denunciada em algum púlpito alemão ou italiano por qualquer prelado, fomos
incapazes de descobrir. Sob o seu sagrado nome milhões de japoneses doutrinados
foram martirizados e sacrificados.O CULTO A ESSE DEUS–REI era tão OBRIGATÓRIO e
histérico que se acreditava que todo o povo japonês poderia apelar ao suicídio
caso sua pessoa fosse ameaçada ao final da guerra.
Essa deferência à força da
opinião religiosa implica o reconhecimento de que FÉ, ADORAÇÃO e POLÍTICA PODEM
FAZER AS PESSOAS SE COMPORTAREM REALMENTE MUITO MAL!
Em resumo, para
refletir, conforme OSHO:
“- ...O
político também precisa dessas pessoas. Até mesmo os políticos como Hitler e
Mussolini, receberam as bênçãos do papa. As massas são enganadas. O sacerdote
dá a sanção de Deus, certifica que esse é o homem certo para ser o Presidente,
esse é o homem certo para ser o vice-presidente, ministro. É claro que o
político necessita disso, porque as massas escutarão os sacerdotes; o sacerdote
é imparcial, nada tem a ver com política, está acima da política...ele não
está! O sacerdote está nas mãos dos políticos. O que estou lhe dizendo é que
esses políticos e esses sacerdotes estiveram constantemente em conspiração,
trabalhando juntos de mãos dadas. O político tem o poder político; o sacerdote
tem o poder religioso. O político protege o sacerdote, o sacerdote abençoa o
político – e as massas são exploradas, sugadas. Seu sangue é sugado por ambos.
Elimine Deus e
você elimina os políticos, a política, o sacerdote, a conspiração entre o
sacerdote e o político. E com esses dois eliminados, cinqüenta por cento de
suas misérias desaparecem.”
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